Rio de Janeiro vive colapso respiratório com aumento de mortes por Influenza e rinovírus

Surto de Influenza A pressiona hospitais da capital fluminense. (Foto: Gerada por IA via Gemini)
Surto de Influenza A pressiona hospitais da capital fluminense. (Foto: Gerada por IA via Gemini)

A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) voltou a preocupar autoridades de saúde no estado do Rio de Janeiro. Com mais de 13 mil casos registrados até novembro de 2025, o aumento de 44% em relação ao ano anterior acende um alerta para a população, especialmente crianças pequenas e idosos, os mais vulneráveis às complicações.

O que é a SRAG e por que ela é perigosa?

A SRAG é uma condição clínica grave que pode ser causada por diversos vírus respiratórios, como Influenza A, Covid-19, Rinovírus e Vírus Sincicial Respiratório. Ela se caracteriza por sintomas intensos como febre alta, dificuldade respiratória, cansaço extremo e necessidade de hospitalização.

Embora nem toda infecção respiratória evolua para SRAG, os casos que o fazem têm alto risco de complicações e morte, especialmente em pessoas com sistema imunológico fragilizado.

Grupos mais afetados: crianças e idosos

  • Idosos acima de 65 anos concentram mais de 65% das mortes por SRAG no estado.
  • Crianças de 0 a 2 anos são especialmente vulneráveis ao Rinovírus, que pode causar agravamento rápido do quadro respiratório.
  • Bebês com sistema imunológico ainda em formação têm maior risco de internação e óbito.

Como se prevenir da SRAG

Vacinação contra gripe é essencial para evitar internações. (Foto: Gerada por IA via Gemini)
Vacinação contra gripe é essencial para evitar internações. (Foto: Gerada por IA via Gemini)

A prevenção é possível e envolve medidas simples, mas eficazes:

  • Vacinação anual contra Influenza: reduz em até 10 vezes o risco de desenvolver SRAG por gripe.
  • Evitar ambientes fechados e aglomerações, especialmente durante o inverno e em locais com pouca ventilação.
  • Isolar pessoas com sintomas respiratórios e evitar contato com bebês e idosos.
  • Uso de máscaras em caso de sintomas ou em locais com alta circulação de vírus.
  • Higienização constante das mãos e superfícies compartilhadas.
  • Não levar crianças sintomáticas à escola ou creche.
  • Manter o calendário vacinal atualizado, incluindo vacinas contra gripe, Covid-19 e coqueluche.

Situação crítica na capital

A cidade do Rio de Janeiro já ultrapassou os 900 casos graves de SRAG em 2025, pressionando a rede hospitalar. A prefeitura intensificou a vacinação com vans itinerantes em hotéis e aeroportos, mas a cobertura ainda está abaixo do ideal.

Com o avanço dos vírus respiratórios, a prevenção se torna uma responsabilidade coletiva. Proteger os mais vulneráveis, bebês e idosos, é essencial para evitar que o sistema de saúde entre em colapso.

Rafaela Lucena é farmacêutica, formada pela UNIG, e divulgadora científica. Com foco em saúde e bem-estar, trabalha para levar informação confiável e acessível ao público de forma clara e responsável.