Por muitos anos, a pele do frango foi tratada como um ingrediente proibido, associada automaticamente ao excesso de gordura e ao aumento do colesterol.
No entanto, uma nova análise da Harvard University School of Public Health reacende o debate e sugere que essa parte tão saborosa do frango pode não ser tão prejudicial quanto se imaginava, e até oferecer vantagens quando consumida com moderação.
Quando a pele entra no prato: o que realmente está em jogo
A carne de frango é conhecida por seu alto teor de proteínas e pela versatilidade no dia a dia. Ainda assim, a dúvida permanece: incluir ou não a pele na refeição? Antes de responder, vale entender sua composição.
A pele concentra principalmente gorduras insaturadas, que são consideradas benéficas para o organismo. E é justamente esse perfil lipídico que chamou a atenção dos pesquisadores responsáveis pelo estudo publicado pela Harvard University School of Public Health.
Além disso, do ponto de vista culinário, a pele funciona como uma camada natural que ajuda a manter a carne mais úmida durante o preparo, evitando o ressecamento, especialmente em cortes magros como o peito.
O que o estudo da Harvard encontrou

A pesquisa avaliou o impacto do consumo de pele de frango assada no contexto de uma alimentação equilibrada. Os autores concluíram que não há evidências de risco significativo para a saúde quando essa parte do frango é consumida de forma moderada.
Mais do que isso, o estudo apontou que:
- A pele contém gorduras insaturadas, associadas à proteção cardiovascular.
- Em quantidades adequadas, pode contribuir para o equilíbrio lipídico.
- Seu consumo não aumenta marcadores inflamatórios nem piora o perfil metabólico.
Isso significa que, dentro de uma rotina alimentar variada e organizada, a pele do frango pode ser uma opção perfeitamente aceitável, e não a vilã que muitos imaginam.
Como encaixar a pele do frango em uma alimentação saudável
Mesmo que o estudo indique segurança no consumo, é importante considerar o contexto geral. Para aproveitar melhor esse alimento, algumas orientações são úteis:
- Prefira preparações assadas ou grelhadas, evitando frituras.
- Consuma a pele como parte ocasional da dieta, não diariamente.
- Combine com alimentos ricos em fibras, como vegetais e grãos integrais.
- Mantenha uma rotina regular de atividade física e hidratação.
Esses cuidados garantem que o sabor extra não se transforme em excesso calórico.
Equilíbrio continua sendo a palavra-chave
A pele do frango continua sendo saborosa, crocante e irresistível. Agora, graças às análises conduzidas pela Harvard University School of Public Health, sabemos que ela também pode fazer parte de uma alimentação saudável, desde que consumida no contexto certo.
Não é preciso bani-la do prato, basta utilizá-la com consciência. Em outras palavras, o prazer de saborear uma coxa assada com pele pode conviver perfeitamente com uma vida equilibrada.

