Pele de frango faz mal? Estudo revela resposta surpreendente para sua saúde

Pele do frango pode trazer gorduras boas ao corpo. (Foto: Getty Images via Canva)
Pele do frango pode trazer gorduras boas ao corpo. (Foto: Getty Images via Canva)

Por muitos anos, a pele do frango foi tratada como um ingrediente proibido, associada automaticamente ao excesso de gordura e ao aumento do colesterol. 

No entanto, uma nova análise da Harvard University School of Public Health reacende o debate e sugere que essa parte tão saborosa do frango pode não ser tão prejudicial quanto se imaginava, e até oferecer vantagens quando consumida com moderação.

Quando a pele entra no prato: o que realmente está em jogo

A carne de frango é conhecida por seu alto teor de proteínas e pela versatilidade no dia a dia. Ainda assim, a dúvida permanece: incluir ou não a pele na refeição? Antes de responder, vale entender sua composição.

A pele concentra principalmente gorduras insaturadas, que são consideradas benéficas para o organismo. E é justamente esse perfil lipídico que chamou a atenção dos pesquisadores responsáveis pelo estudo publicado pela Harvard University School of Public Health.

Além disso, do ponto de vista culinário, a pele funciona como uma camada natural que ajuda a manter a carne mais úmida durante o preparo, evitando o ressecamento, especialmente em cortes magros como o peito.

O que o estudo da Harvard encontrou

Gorduras insaturadas da pele podem proteger o coração. (Foto: Tyas Indayanti via Canva)
Gorduras insaturadas da pele podem proteger o coração. (Foto: Tyas Indayanti via Canva)

A pesquisa avaliou o impacto do consumo de pele de frango assada no contexto de uma alimentação equilibrada. Os autores concluíram que não há evidências de risco significativo para a saúde quando essa parte do frango é consumida de forma moderada.

Mais do que isso, o estudo apontou que:

  • A pele contém gorduras insaturadas, associadas à proteção cardiovascular.
  • Em quantidades adequadas, pode contribuir para o equilíbrio lipídico.
  • Seu consumo não aumenta marcadores inflamatórios nem piora o perfil metabólico.

Isso significa que, dentro de uma rotina alimentar variada e organizada, a pele do frango pode ser uma opção perfeitamente aceitável, e não a vilã que muitos imaginam.

Como encaixar a pele do frango em uma alimentação saudável

Mesmo que o estudo indique segurança no consumo, é importante considerar o contexto geral. Para aproveitar melhor esse alimento, algumas orientações são úteis:

  • Prefira preparações assadas ou grelhadas, evitando frituras.
  • Consuma a pele como parte ocasional da dieta, não diariamente.
  • Combine com alimentos ricos em fibras, como vegetais e grãos integrais.
  • Mantenha uma rotina regular de atividade física e hidratação.

Esses cuidados garantem que o sabor extra não se transforme em excesso calórico.

Equilíbrio continua sendo a palavra-chave

A pele do frango continua sendo saborosa, crocante e irresistível. Agora, graças às análises conduzidas pela Harvard University School of Public Health, sabemos que ela também pode fazer parte de uma alimentação saudável, desde que consumida no contexto certo.

Não é preciso bani-la do prato, basta utilizá-la com consciência. Em outras palavras, o prazer de saborear uma coxa assada com pele pode conviver perfeitamente com uma vida equilibrada.

Rafaela Lucena é farmacêutica, formada pela UNIG, e divulgadora científica. Com foco em saúde e bem-estar, trabalha para levar informação confiável e acessível ao público de forma clara e responsável.