Chuva de meteoros Orionídeas 2025: veja quando e como observar

Orionídeas iluminam o céu do Brasil com até 20 meteoros por hora (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)
Orionídeas iluminam o céu do Brasil com até 20 meteoros por hora (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

A chuva de meteoros Orionídeas terá início na noite desta terça-feira, 21 de outubro, oferecendo um dos espetáculos astronômicos mais esperados do ano. Formada por fragmentos do cometa Halley, a atividade atinge o pico nas madrugadas de quarta e quinta-feira (22 e 23 de outubro), quando será possível observar meteoros riscando o céu a até 66 quilômetros por segundo.

A previsão indica que, em locais com céu limpo e pouca poluição luminosa, poderão ser vistos até 20 meteoros por hora. Em grandes centros urbanos, o número pode cair para 5 a 10 meteoros por hora devido à luz artificial.

Para facilitar a visualização, considere estas recomendações:

  • Escolher um local escuro e aberto, longe de luzes urbanas;
  • Olhar para oeste ou leste, em direção à constelação de Órion;
  • Observar a olho nu, evitando telescópios ou binóculos;
  • Chegar com antecedência para permitir que os olhos se ajustem à escuridão;
  • Permanecer atento durante as primeiras horas da madrugada, quando o pico é mais intenso.

Por que a chuva de meteoros acontece

Fragmentos do cometa Halley criam espetáculo astronômico em outubro (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)
Fragmentos do cometa Halley criam espetáculo astronômico em outubro (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O fenômeno ocorre quando a Terra atravessa trilhas de partículas deixadas pelo cometa Halley. Ao entrar na atmosfera terrestre, essas partículas se queimam rapidamente, criando riscos luminosos que chamamos de estrelas cadentes. A Orionídeas é uma das chuvas mais confiáveis e visíveis anualmente, permitindo que astrônomos amadores e profissionais registrem seu brilho intenso.

Dicas para a melhor experiência de observação

Embora o pico seja curto, a experiência pode ser otimizada:

  • Permanecer em movimento limitado, evitando distrações visuais;
  • Fotografar com câmeras de longa exposição para registrar rastros luminosos;
  • Observar durante noites de céu claro, sem nuvens ou neblina;
  • Compartilhar a experiência com estudantes e entusiastas, incentivando educação astronômica;
  • Acompanhar previsões meteorológicas locais para identificar melhores horários e regiões.

A chuva de Orionídeas 2025 oferece não apenas um espetáculo de luz, mas também a oportunidade de compreender melhor o Sistema Solar, a trajetória de cometas e o impacto de fragmentos celestes na atmosfera terrestre, conectando ciência, observação e fascínio pelo universo.

Leandro Sinis é biólogo, formado pela UFRJ, e atua como divulgador científico. Apaixonado por ciência e educação, busca tornar o conhecimento acessível de forma clara e responsável.

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