Uma nova ameaça da varíola dos macacos foi identificada nos Estados Unidos: o clado I, uma forma mais severa da mpox, apareceu em pacientes da Califórnia que não tiveram contato recente com regiões endêmicas da África Central.
A descoberta sugere que o vírus pode estar se espalhando de forma silenciosa na comunidade, reforçando a necessidade de monitoramento ativo, vacinação e prevenção para conter possíveis surtos.
O que torna o clado I mais perigoso
O clado I é considerado mais letal e agressivo que o clado II, responsável pelo surto global de 2022. Enquanto o clado II apresenta letalidade entre 1% e 4%, o clado I pode atingir até 10% de mortalidade.
Tradicionalmente, esta variante afeta crianças na África Central, mas os casos recentes nos EUA envolveram adultos, demonstrando mudança no padrão de infecção e reforçando a necessidade de atenção médica.
Principais sintomas incluem:
- Erupções e lesões na pele;
- Febre intensa e fadiga;
- Inchaço dos linfonodos e dores musculares;
- Complicações respiratórias e infecções secundárias em casos graves.
Como ocorre a transmissão e quem deve se proteger
A varíola dos macacos se espalha pelo contato direto com lesões ou fluidos corporais, por meio de relações sexuais ou compartilhamento de objetos pessoais. Os grupos mais vulneráveis incluem:
- Pessoas imunodeprimidas;
- Homens que fazem sexo com homens (HSH);
- Profissionais de saúde sem proteção adequada.
O CDC reforça que, apesar do surgimento do clado I, o risco para a população em geral ainda é baixo, mas alerta para a vigilância de sinais e sintomas.
Vacinação continua sendo a principal defesa

A vacina JYNNEOS permanece eficaz contra o clado I e o clado II, oferecendo proteção especialmente para grupos de risco e profissionais da saúde. Além da imunização, recomenda-se:
- Evitar contato próximo com pessoas infectadas;
- Higienizar superfícies e objetos compartilhados;
- Procurar atendimento médico imediatamente ao notar sintomas suspeitos.
Perspectivas e monitoramento futuro
A presença do clado I em pacientes sem histórico de viagem sugere que o vírus pode se adaptar a ambientes urbanos fora da África Central. Por isso, o sequenciamento genético contínuo e a vigilância epidemiológica são essenciais para antecipar novos surtos e orientar políticas de prevenção.
Enquanto isso, a população deve manter hábitos de higiene, isolamento de casos suspeitos e vacinação, garantindo que essa variante mais agressiva da mpox tenha seu impacto controlado.


 
							 
							 
							