Testosterona baixa afeta metabolismo, humor e força muscular

Homens acima de 40 veem impacto da queda da testosterona na saúde. (Foto: Prostock-studio via Canva)
Homens acima de 40 veem impacto da queda da testosterona na saúde. (Foto: Prostock-studio via Canva)

A testosterona é essencial para o equilíbrio físico e emocional dos homens, regulando metabolismo, energia, humor, libido e força muscular. A partir dos 40 anos, a produção do hormônio começa a diminuir gradualmente, em média 1,2% ao ano, gerando efeitos que se acumulam ao longo do tempo. Aos 60 anos, muitos homens apresentam 25% menos testosterona do que na juventude, influenciando diretamente a qualidade de vida e o desempenho diário.

Essa redução faz parte do Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), que provoca sintomas como:

  • Cansaço constante e queda de energia
  • Diminuição da libido e dificuldades de ereção
  • Alterações de humor, irritabilidade e desânimo
  • Perda de massa muscular e força física
  • Aumento do risco de ganho de gordura corporal e alterações metabólicas

Muitos homens confundem esses sinais com estresse ou depressão, o que adia a busca por avaliação médica e tratamento adequado.

Como lidar com a queda de testosterona

Testosterona em queda altera corpo mente e bem-estar. (Foto: Pexels via Canva)
Testosterona em queda altera corpo mente e bem-estar. (Foto: Pexels via Canva)

A reposição de testosterona é indicada apenas para quem apresenta níveis baixos comprovados e sintomas clínicos de DAEM. Homens que não têm deficiência significativa devem priorizar estilo de vida saudável, incluindo:

  • Exercícios físicos regulares, especialmente musculação e treino funcional
  • Alimentação equilibrada, rica em proteínas e nutrientes que favorecem a produção hormonal
  • Sono adequado, essencial para a síntese natural de testosterona
  • Redução do estresse, que pode influenciar negativamente os níveis hormonais

Para homens que desejam preservar fertilidade, alternativas como citrato de clomifeno podem estimular a produção natural de testosterona sem interferir na capacidade reprodutiva.

Riscos do uso abusivo de testosterona

A administração inadequada ou sem acompanhamento clínico pode resultar em:

  • Hipertrofia cardíaca e alterações hepáticas
  • Acne e queda de cabelo
  • Infertilidade temporária ou prolongada
  • Potencial piora de câncer de próstata ou mama em pacientes com histórico da doença

A reposição deve ser feita sob supervisão, geralmente por gel aplicado diariamente ou injeções intramusculares administradas a cada 15 dias ou 3 meses.

Rafaela Lucena é farmacêutica, formada pela UNIG, e divulgadora científica. Com foco em saúde e bem-estar, trabalha para levar informação confiável e acessível ao público de forma clara e responsável.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *