A testosterona é essencial para o equilíbrio físico e emocional dos homens, regulando metabolismo, energia, humor, libido e força muscular. A partir dos 40 anos, a produção do hormônio começa a diminuir gradualmente, em média 1,2% ao ano, gerando efeitos que se acumulam ao longo do tempo. Aos 60 anos, muitos homens apresentam 25% menos testosterona do que na juventude, influenciando diretamente a qualidade de vida e o desempenho diário.
Essa redução faz parte do Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), que provoca sintomas como:
- Cansaço constante e queda de energia
- Diminuição da libido e dificuldades de ereção
- Alterações de humor, irritabilidade e desânimo
- Perda de massa muscular e força física
- Aumento do risco de ganho de gordura corporal e alterações metabólicas
Muitos homens confundem esses sinais com estresse ou depressão, o que adia a busca por avaliação médica e tratamento adequado.
Como lidar com a queda de testosterona

A reposição de testosterona é indicada apenas para quem apresenta níveis baixos comprovados e sintomas clínicos de DAEM. Homens que não têm deficiência significativa devem priorizar estilo de vida saudável, incluindo:
- Exercícios físicos regulares, especialmente musculação e treino funcional
- Alimentação equilibrada, rica em proteínas e nutrientes que favorecem a produção hormonal
- Sono adequado, essencial para a síntese natural de testosterona
- Redução do estresse, que pode influenciar negativamente os níveis hormonais
Para homens que desejam preservar fertilidade, alternativas como citrato de clomifeno podem estimular a produção natural de testosterona sem interferir na capacidade reprodutiva.
Riscos do uso abusivo de testosterona
A administração inadequada ou sem acompanhamento clínico pode resultar em:
- Hipertrofia cardíaca e alterações hepáticas
- Acne e queda de cabelo
- Infertilidade temporária ou prolongada
- Potencial piora de câncer de próstata ou mama em pacientes com histórico da doença
A reposição deve ser feita sob supervisão, geralmente por gel aplicado diariamente ou injeções intramusculares administradas a cada 15 dias ou 3 meses.