Tabela Periódica Completa e Atualizada 2025: Entenda Fácil para o ENEM

Tabela periódica (Foto: Canva)

A Tabela Periódica não é apenas um quadro cheio de símbolos e números: ela é um dos pilares da Química e da compreensão da matéria. Seja no laboratório, na indústria ou em uma questão do ENEM, entender sua lógica facilita a vida de qualquer estudante.

Isso porque a organização dos elementos não foi feita ao acaso ela carrega uma história rica, regras precisas e muita ciência. E se você acha tudo isso complicado, respire fundo: este artigo do Fala Ciência vai te mostrar a Tabela Periódica de forma clara, prática e atualizada com as últimas descobertas.

Tabela Periódica Completa e Atualizada: importância para a Química

A Tabela Periódica é um modelo que agrupa todos os elementos químicos conhecidos e suas propriedades. Eles estão organizados em ordem crescente de número atômico, ou seja, o número de prótons no núcleo de cada átomo. Dessa maneira, é possível prever comportamentos, reações e relações entre os elementos.

No total, a versão mais recente da Tabela reúne 118 elementos químicos, dos quais 92 são naturais e 26 são artificiais. Cada quadrado da tabela representa um elemento, contendo seu nome, símbolo e número atômico. Com isso, ela se torna uma verdadeira bússola para quem deseja entender a estrutura da matéria.

Desvendando os períodos: o que significam as linhas horizontais?

Os períodos são as linhas horizontais da Tabela e totalizam sete no modelo atual. Eles indicam a quantidade de camadas eletrônicas que um átomo possui.

  • 1º Período: 2 elementos
  • 2º Período: 8 elementos
  • 3º Período: 8 elementos
  • 4º e 5º Períodos: 18 elementos cada
  • 6º e 7º Períodos: 32 elementos cada

Sendo assim, para evitar que a tabela fique visualmente desproporcional, a série dos lantanídeos e a série dos actinídeos costuma ser representada separadamente, abaixo do corpo principal.

Veja também:

Colunas verticais que revelam segredos: os grupos ou famílias

Os grupos — também chamados de famílias — são as colunas verticais que agrupam elementos com o mesmo número de elétrons na camada de valência. Ao todo, são 18 grupos, e muitos compartilham propriedades químicas similares.

Veja alguns destaques:

  • Grupo 1 (1A): Metais Alcalinos — lítio, sódio, potássio, entre outros.
  • Grupo 2 (2A): Metais Alcalinoterrosos — como cálcio e magnésio.
  • Grupo 17 (7A): Halogênios — flúor, cloro, bromo, iodo, astato e tenessino.
  • Grupo 18 (8A): Gases Nobres — como hélio, neônio, argônio e oganessônio.

Além disso, os metais de transição ocupam a parte central da Tabela e incluem elementos como ferro, cobre, ouro e platina.

A evolução histórica da tabela: uma construção coletiva

Vale destacar que a Tabela Periódica passou por diversas versões até chegar ao formato atual. A primeira versão eficaz foi criada por Dmitri Mendeleiev em 1869, que organizou os elementos por massa atômica e deixou espaços para elementos que ainda seriam descobertos.

Posteriormente, em 1913, Henry Moseley propôs a organização por número atômico, o que corrigiu imperfeições e tornou a Tabela mais precisa.

William Ramsay, por sua vez, foi responsável por descobrir os gases nobres, e Glenn Seaborg, na década de 1940, reconfigurou a Tabela ao adicionar os actinídeos abaixo dos lantanídeos.

Cabe ressaltar que, em 2019, os 150 anos da Tabela Periódica foram celebrados pela ONU e pela UNESCO com o Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos.

Novidades recentes: elementos superpesados e homenagem a cientistas

Em 2016, a IUPAC oficializou a inclusão de novos elementos:

  • Tennessine (Ts)
  • Nihonium (Nh)
  • Moscovium (Mc)
  • Oganesson (Og)

Esses elementos, chamados de superpesados, têm um número muito elevado de prótons e são produzidos artificialmente em laboratório. Por isso, são instáveis e têm vida útil extremamente curta.

Desse jeito, a Tabela Periódica se mantém em constante atualização, refletindo os avanços científicos. É importante lembrar que o elemento 106 foi batizado de Seabórgio, em homenagem ao cientista Glenn Seaborg, que descobriu todos os elementos transurânicos (números 94 a 102).

Hidrogênio: um elemento à parte na Tabela

Embora apareça acima do Grupo 1 (Metais Alcalinos), o hidrogênio não pertence a essa família. Ele está ali por causa da sua configuração eletrônica, mas apresenta características muito distintas dos demais.

Portanto, sua posição é estratégica e simbólica, e não exatamente uma relação química direta com o grupo que o acompanha na tabela.

Curiosidades que tornam a Tabela ainda mais fascinante

  • A IUPAC, órgão responsável pelas atualizações da Tabela, é uma ONG científica internacional.
  • O fósforo foi o primeiro elemento isolado em laboratório, há mais de 350 anos, pelo alquimista alemão Henning Brand.
  • O nome de diversos elementos homenageia cientistas, países ou regiões. Um exemplo é o Moscovium, em referência à cidade de Moscou.

Compreender a lógica da Tabela Periódica é muito mais do que decorar símbolos: é entender como a matéria se comporta, como os átomos se organizam e interagem.

Além disso, é uma habilidade essencial para interpretar questões do ENEM e vestibulares, onde o raciocínio químico muitas vezes é mais cobrado do que a simples memorização.

Sendo assim, dedicar tempo para entender a Tabela Periódica é investir diretamente na sua performance acadêmica. E agora que você conhece suas bases, história e estrutura, fica bem mais fácil encarar esse desafio de forma leve e eficiente.

Leandro Sinis é biólogo, formado pela UFRJ, e atua como divulgador científico. Apaixonado por ciência e educação, busca tornar o conhecimento acessível de forma clara e responsável.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *