Você já se perguntou por que algumas pessoas sentem o cheiro de barata imediatamente, enquanto outras não percebem nada? Essa diferença não é apenas curiosa: ela está ligada a uma mutação genética rara que altera a forma como o olfato humano funciona.
Embora seja uma habilidade pouco desejada, entender esse fenômeno ajuda a revelar como nosso cérebro processa cheiros e como pequenas diferenças no DNA influenciam a percepção sensorial.
Principais pontos sobre o cheiro de barata:
- Gene TAAR5: responsável por produzir um receptor olfativo que identifica a trimetilamina (TMA);
- Trimetilamina (TMA): substância química liberada pelas baratas para se comunicar, com odor semelhante a peixe em decomposição;
- Sensibilidade variável: nem todos possuem a mutação que permite detectar esse cheiro;
- Influências externas: idade, experiências passadas e estado emocional podem alterar a percepção olfativa;
- Relevância científica: o estudo de receptores olfativos ajuda em diagnósticos médicos e desenvolvimento de produtos na indústria alimentícia.
Como o cheiro de barata é percebido?
A trimetilamina, presente no corpo das baratas, é uma molécula que atua como mensagem química entre os insetos. Para os humanos com o receptor adequado, ela provoca um odor forte e desagradável, frequentemente comparado ao cheiro de peixe em decomposição.
Além das baratas, outras espécies, como formigas mortas, podem exalar cheiros igualmente detectáveis por indivíduos sensíveis.
Por que nem todos percebem o odor?

A habilidade de sentir cheiros específicos depende da presença de receptores olfativos especializados. No caso do cheiro de barata, apenas pessoas com a mutação no gene TAAR5, localizado no cromossomo 6, conseguem identificá-lo.
O ser humano possui mais de 400 receptores olfativos, e pequenas variações genéticas podem gerar diferenças marcantes na percepção de cheiros entre indivíduos.
Além disso, fatores como idade, experiência prévia e estado emocional também modulam a sensibilidade olfativa, explicando por que a percepção de odores é altamente individualizada.
A importância da descoberta
Embora sentir cheiro de barata seja desconfortável, a pesquisa sobre receptores olfativos tem grande valor científico. Ela contribui para:
- Compreender melhor o funcionamento do sistema sensorial humano;
- Desenvolver testes diagnósticos baseados no olfato;
- Criar produtos alimentícios ou perfumaria mais alinhados às preferências olfativas dos consumidores.
Portanto, mesmo que a habilidade de detectar o cheiro de barata seja rara e pouco desejada, ela abre portas para avanços na medicina e na indústria, reforçando como genética e percepção sensorial estão intimamente conectadas.