Planos de saúde passam a oferecer implante contraceptivo Implanon

Médico segurando um implante hormonal (Crédito da imagem: Canva Pro/ Celsopupo da Getty Images)

A partir desta segunda-feira (1º), os planos de saúde passam a ter cobertura obrigatória para o implante contraceptivo subdérmico de etonogestrel, conhecido como Implanon. A medida, aprovada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), atende mulheres entre 18 e 49 anos e marca um avanço no acesso a métodos de prevenção da gravidez não desejada.

Além disso, o Ministério da Saúde anunciou que o Implanon também será disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando o alcance da tecnologia. Essa decisão se insere em uma estratégia mais ampla de saúde pública e direitos reprodutivos, como destacou a Agência Brasil.

  • Cobertura obrigatória nos planos de saúde desde 1º de setembro;
  • Disponibilização pelo SUS até 2026, com 1,8 milhão de implantes previstos;
  • Alto custo no setor privado, variando de R$ 2 mil a R$ 4 mil;
  • Alta eficácia: proteção por até três anos sem necessidade de manutenção;
  • Retorno rápido da fertilidade após a retirada do implante.

Impacto social e investimentos planejados

O Implanon, implante contraceptivo de alta eficácia, agora é obrigatório nos planos de saúde e será distribuído pelo SUS até 2026 (Crédito da imagem: Rogério Capela/PMC)

O governo federal estima distribuir 1,8 milhão de dispositivos até 2026, sendo 500 mil já em 2025. O investimento total será de aproximadamente R$ 245 milhões. Atualmente, o preço do Implanon varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil na rede privada.

Essa ampliação do acesso busca não apenas evitar gestações indesejadas, mas também reduzir índices de mortalidade materna. A meta do governo é ousada: diminuir em 25% as mortes maternas em geral e em 50% entre mulheres negras até 2027, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

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Como o Implanon age no organismo

O Implanon é um pequeno bastão inserido sob a pele, que libera hormônio continuamente por até três anos. Diferente da pílula ou das injeções, não depende do uso correto e constante da mulher, o que aumenta sua eficácia. Após o período de ação, deve ser retirado, mas pode ser substituído imediatamente por um novo dispositivo.

Outro ponto importante é que a fertilidade retorna rapidamente após a remoção, oferecendo flexibilidade às usuárias. No SUS, apenas o DIU de cobre já era considerado um método Larc (contraceptivo reversível de longa duração). A inclusão do Implanon reforça o leque de opções seguras e de longa duração disponíveis às mulheres brasileiras.

O que esperar nos próximos anos

Com a obrigatoriedade nos planos de saúde e a inclusão no SUS, o acesso ao Implanon promete transformar o cenário de planejamento familiar no país. Trata-se de uma iniciativa que une tecnologia, política pública e saúde reprodutiva, ampliando a autonomia das mulheres e promovendo maior equidade no sistema de saúde.

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Rafaela Lucena é farmacêutica, formada pela UNIG, e divulgadora científica. Com foco em saúde e bem-estar, trabalha para levar informação confiável e acessível ao público de forma clara e responsável.

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