Na manhã de 23 de novembro, os céus da região dos Grandes Lagos, nos Estados Unidos, foram iluminados por uma impressionante bola de fogo verde. O fenômeno, que pôde ser observado a centenas de quilômetros de distância, atraiu a atenção de entusiastas e cientistas. A análise preliminar da NASA sugere que o evento foi causado por um fragmento de cometa, entrando rapidamente na atmosfera terrestre e se desintegrando antes de atingir o solo.
Esse tipo de ocorrência é relativamente raro, mas fascinante, e traz informações valiosas sobre a composição de meteoroides e seus elementos químicos. Observações precisas permitem entender melhor a velocidade, trajetória e efeitos luminosos desses objetos celestes.
- O meteoro surgiu a cerca de 100 km de altitude sobre Hubbard Lake, em Michigan;
- Percorreu aproximadamente 130 km antes de se desintegrar sobre o Lago Huron;
- Sua velocidade estimada foi de cerca de 160 mil km/h;
- Foi visto em vários estados, incluindo Michigan, Wisconsin e Indiana, e até em Lancaster, Ohio, a 550 km de distância.
Diferença entre chuva de meteoros e eventos isolados

Embora o fenômeno tenha ocorrido durante a chuva de meteoros Leonídeas, que vai de 6 a 30 de novembro, não há relação direta entre os eventos. A bola de fogo verde foi um fragmento isolado de cometa, sem vínculo com os fluxos ativos da chuva de meteoros. Diferentemente das Leonídeas, que podem atingir até 260 mil km/h, este objeto apresentou velocidade mais moderada, mas ainda suficiente para gerar um clarão intenso e colorido.
Por que a cor verde se destaca?
A coloração verde das bolas de fogo está relacionada à presença de metais, como níquel, no meteoroide. Elementos diferentes geram cores distintas:
- Sódio → amarelo;
- Magnésio → azul-branco;
- Níquel → verde intenso.
Meteoroides mais velozes tendem a produzir cores mais brilhantes e intensas, tornando cada fenômeno único e visualmente impressionante.
Fenômenos semelhantes já foram registrados em outros locais, como a Nova Zelândia em julho de 2022 e o Lago Ontário, no mesmo ano, destacando a importância da vigilância contínua de objetos próximos à Terra.

