Kilauea volta a jorrar lava após meses de atividade no Havaí

Kilauea entra em erupção e lança lava a mais de 120 metros. (Imagem: Gerada por IA/ Gemini)
Kilauea entra em erupção e lança lava a mais de 120 metros. (Imagem: Gerada por IA/ Gemini)

O vulcão Kilauea, localizado na Ilha Grande do Havaí, continua a apresentar erupções intermitentes que fascinam moradores, turistas e pesquisadores. Recentemente, ele voltou a lançar fontes de lava de até 122 metros, criando torres incandescentes dentro da caldeira do Parque Nacional dos Vulcões do Havaí. Apesar da intensidade, nenhuma residência foi ameaçada, mantendo o fenômeno seguro para observação e estudo.

Desde dezembro do ano passado, esta é a 37ª erupção registrada do Kilauea, reforçando seu status como um dos vulcões mais ativos do mundo. Principais fatos sobre a erupção atual:

  • Cada episódio eruptivo dura cerca de um dia ou menos, com intervalos de calmaria;
  • O magma sobe através de aberturas estreitas, aumentando a pressão e a altura dos jatos;
  • Em alguns casos, as fontes de lava atingem alturas comparáveis a arranha-céus;
  • O vulcão oferece oportunidade de estudo sobre dinâmica magmática e vulcanologia;
  • O Kilauea continua sendo monitorado constantemente pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

Como se formam as imponentes fontes de lava

Fontes de lava do Kilauea criam espetáculo impressionante no Havaí. (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)
Fontes de lava do Kilauea criam espetáculo impressionante no Havaí. (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O espetáculo das torres de lava ocorre devido ao magma rico em gases que ascende por tubos estreitos. À medida que os gases se expandem, o magma é ejetado com força para o ar, produzindo jatos de grande altura. Esse mecanismo ajuda cientistas a compreenderem a pressão interna e a composição do magma, além de permitir o monitoramento seguro da atividade do vulcão.

O Kilauea é um vulcão efusivo, caracterizado por erupções que produzem grandes volumes de lava relativamente fluidos, sem explosões violentas frequentes. Essa característica permite que os pesquisadores estudem o processo de formação de fluxos de lava, a evolução de caldeiras e o comportamento dos gases vulcânicos.

Localização estratégica e importância científica

Erupção intermitente do Kilauea fascina cientistas e visitantes. (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)
Erupção intermitente do Kilauea fascina cientistas e visitantes. (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

Situado na maior ilha do Havaí, o Kilauea fica a cerca de 322 km ao sul de Honolulu, em Oahu. Sua localização e atividade constante tornam-no um vulcão de destaque para estudos científicos globais. Além disso, o fenômeno atrai turistas e fotógrafos que desejam observar os jatos de lava em segurança, reforçando a importância do monitoramento e da preservação do Parque Nacional dos Vulcões do Havaí.

O Kilauea continua a ser um ícone da geologia havaiana, unindo beleza natural, turismo e pesquisa científica. Suas erupções intermitentes, fontes de lava impressionantes e monitoramento contínuo oferecem insights valiosos sobre processos vulcânicos, lembrando que a Terra está em constante transformação, mesmo diante de nossos olhos.

Leandro Sinis é biólogo, formado pela UFRJ, e atua como divulgador científico. Apaixonado por ciência e educação, busca tornar o conhecimento acessível de forma clara e responsável.