O infarto cardíaco não é mais uma preocupação exclusiva de pessoas mais velhas. Nos últimos anos, o Brasil registrou aumento expressivo de internações por infarto entre jovens com menos de 39 anos. Esse crescimento revela que fatores ligados ao estilo de vida moderno, combinados com predisposição genética, têm impacto direto sobre a saúde cardiovascular desde cedo.
Principais fatores de risco

A obesidade, o sedentarismo e a alimentação desequilibrada são os principais elementos que contribuem para o risco cardíaco nessa faixa etária. Além disso, o uso de cigarros eletrônicos, com concentrações elevadas de nicotina, pode acelerar processos que prejudicam o coração.
Outras substâncias, como a maconha, também aumentam a propensão a eventos cardiovasculares. A hipertensão arterial permanece um desafio significativo, já que muitos jovens diagnosticados não seguem corretamente o tratamento, elevando a probabilidade de infartos precoces.
Sintomas nem sempre clássicos
O infarto em jovens frequentemente não se manifesta de forma tradicional. A dor no peito é um sintoma comum, mas muitas vezes sinais sutis, como fadiga intensa, desconforto abdominal ou sensação de ansiedade, aparecem antes.
Por isso, qualquer alteração física incomum deve levar à busca imediata por avaliação médica, mesmo que os sintomas não sejam intensos.
Prevenção como prioridade
Investir em hábitos saudáveis é a forma mais eficaz de reduzir o risco de infarto. Manter uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais e fibras, praticar exercícios regularmente e evitar o sedentarismo fortalece o coração e ajuda a controlar fatores de risco.
O acompanhamento médico constante, o controle da pressão arterial e a abstinência de tabaco e outras drogas completam o quadro de prevenção. A conscientização sobre escolhas diárias e seus efeitos no sistema cardiovascular é essencial para proteger os jovens e reduzir a ocorrência de internações e mortes prematuras.