O HPV (papilomavírus humano) é um vírus altamente prevalente, transmitido principalmente por contato sexual, que pode permanecer silencioso no organismo por anos. Embora a maioria das infecções seja eliminada pelo sistema imunológico, alguns tipos, como 16 e 18, podem persistir e causar lesões no colo do útero, aumentando o risco de câncer cervical, que é um dos mais comuns entre as mulheres no Brasil.
O que torna o HPV especialmente preocupante é seu caráter silencioso: a infecção muitas vezes não apresenta sintomas até que as alterações celulares evoluam para um estágio avançado. Por isso, medidas preventivas são essenciais para proteger a saúde feminina.
Como o HPV provoca câncer
O vírus interfere diretamente nas células do colo do útero, podendo provocar mutações genéticas que estimulam a proliferação desordenada dessas células. Quando não detectadas a tempo, essas alterações podem evoluir para tumores invasivos, com alto potencial de mortalidade.
Além do colo uterino, o HPV também está relacionado a cânceres de vulva, vagina, pênis, orofaringe e ânus, e pode causar verrugas genitais (condilomas), que geram desconforto físico e impacto na vida social e sexual.
Vacinação: prevenção simples e eficaz

A vacina contra HPV é a estratégia mais eficiente para impedir infecções que podem evoluir para câncer. Ela oferece proteção contra os tipos de maior risco e é recomendada preferencialmente para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, antes do primeiro contato sexual.
Atualmente, a imunização está disponível gratuitamente pelo SUS e foi ampliada para jovens de 15 a 19 anos, buscando aumentar a cobertura nacional. Mesmo pessoas que já iniciaram a vida sexual podem se beneficiar da vacina, pois ela protege contra os tipos de HPV ainda não contraídos. Em alguns casos, a imunização pode ser indicada até para pessoas acima de 45 anos, conforme histórico clínico individual.
Exames regulares complementam a proteção
Além da vacinação, a prevenção do câncer cervical envolve:
- Papanicolau, que detecta alterações celulares precoces.
- Teste de DNA do HPV, que identifica a presença do vírus e seu subtipo, permitindo acompanhamento médico próximo.
- Uso de preservativos, reduzindo significativamente a transmissão, ainda que não elimine totalmente o risco.
Com essas medidas, é possível prevenir quase 100% dos casos de câncer de colo do útero quando a infecção é detectada e tratada precocemente.
O HPV pode ser silencioso, mas sua prevenção é simples: vacinação, exames periódicos e proteção sexual são passos decisivos para reduzir o risco de câncer e outras complicações do vírus. Priorizar a prevenção é garantir mais saúde, segurança e qualidade de vida.


 
							 
							 
							