A chegada da gripe K, causada pelo subclado H3N2 K, mudou completamente o cenário respiratório no Reino Unido. Em poucas semanas, a nova cepa tornou-se dominante, impulsionou uma explosão precoce de casos e levou autoridades de saúde a reforçarem medidas simples, como o uso de máscara por quem estiver com sintomas.
Com uma transmissibilidade muito maior que o esperado, a gripe K está pressionando hospitais e exigindo atenção redobrada da população.
A circulação da gripe K cresce em ritmo acima do normal
Diferente do que ocorre todos os anos, o pico da influenza chegou bem antes do período tradicional. A variante K se espalhou rapidamente graças a uma combinação de fatores:
• temperaturas mais quentes
• ambientes lotados por longos períodos
• redução das medidas de prevenção
• imunidade populacional mais baixa para o subclado K
O resultado é um avanço que superou previsões e alterou totalmente o comportamento sazonal da gripe.
Máscaras voltam ao centro da discussão

Embora não exista obrigatoriedade nacional, especialistas reforçam que o uso de máscara ao tossir, espirrar ou apresentar qualquer sintoma respiratório é uma das formas mais eficazes de reduzir a transmissão.
A recomendação foca principalmente em ambientes como transporte público, postos de saúde, escolas, mercados e outros locais fechados onde o contágio ocorre com facilidade.
A orientação é simples: quem está doente deve evitar sair de casa, e se for inevitável, deve proteger os outros com máscara.
Hospitais britânicos registram números preocupantes
A variante K elevou o número de internações para patamares que não eram vistos nesta fase do ano. Os dados mais recentes mostram:
• mais de 1.700 internações diárias por gripe
• aumento de pacientes em terapia intensiva
• sobrecarga dos serviços de emergência
Esse impacto chamou a atenção por ocorrer antes da fase mais crítica do inverno, sugerindo que as próximas semanas exigirão capacidade extra de atendimento.
Vacinação permanece sendo o pilar de proteção
Mesmo com as particularidades da nova cepa, a vacinação contra a gripe continua sendo a melhor forma de prevenir complicações. Já foram administradas milhões de doses nesta temporada, e autoridades analisam como o imunizante atual se comporta diante do subclado K.
Para pessoas de maior risco, como idosos, gestantes, crianças pequenas e indivíduos com doenças crônicas, a mensagem permanece clara:
manter a vacinação em dia reduz hospitalizações, agravamentos e mortes.
Sintomas da gripe K: como reconhecer rapidamente
Os sinais da gripe K são semelhantes aos de outras influenzas, mas a quantidade de casos aumenta o risco de agravamento. Os principais sintomas incluem:
• febre alta e repentina
• tosse persistente
• dores intensas no corpo
• dor de garganta
• dor de cabeça forte
• mal-estar generalizado
• sintomas gastrointestinais em algumas pessoas
Identificar os sintomas cedo e evitar contato com outras pessoas é uma das formas mais eficientes de reduzir a propagação.
Por que a gripe K preocupa tanto os especialistas?
A variante K apresenta mutações que dificultam a identificação do vírus pelo sistema imunológico, favorecendo infecções mais rápidas e aumentando o número de pessoas doentes ao mesmo tempo. Essa característica, somada ao início precoce da circulação, faz com que a pressão sobre o sistema de saúde seja maior que em anos anteriores.
Para especialistas, o foco agora é reduzir o contágio por meio de vacinação, isolamento quando houver sintomas e uso responsável de máscaras em períodos de maior transmissão.

