Febre maculosa: saiba os sinais e evite complicações graves

Carrapato-estrela transmite febre maculosa rapidamente. (Foto: Getty Images via Canva)
Carrapato-estrela transmite febre maculosa rapidamente. (Foto: Getty Images via Canva)

A febre maculosa é uma infecção bacteriana causada pela Rickettsia rickettsii, transmitida pelo carrapato-estrela. Embora seja relativamente rara, a doença tem alta taxa de gravidade e voltou a preocupar autoridades de saúde em diversas regiões do Brasil.

O contágio não ocorre entre pessoas, a transmissão acontece apenas pela picada do carrapato infectado, que libera a bactéria na corrente sanguínea do hospedeiro.

Como a infecção ocorre

O carrapato-estrela é encontrado em áreas rurais, matas e regiões próximas a animais silvestres ou domésticos, como cavalos, bois e capivaras.

O risco de contaminação aumenta quanto mais tempo o carrapato permanece preso à pele, especialmente acima de quatro horas. Por isso, a observação cuidadosa do corpo e a remoção rápida do parasita são fundamentais.

Sinais de alerta

Remover o carrapato rapidamente ajuda a prevenir infecção. (Foto: Getty Images via Canva)
Remover o carrapato rapidamente ajuda a prevenir infecção. (Foto: Getty Images via Canva)

Os sintomas da febre maculosa aparecem geralmente entre 2 e 14 dias após a picada e podem ser confundidos com outras doenças infecciosas, como dengue ou leptospirose. Fique atento aos sinais:

  • Febre alta repentina
  • Dor de cabeça intensa e persistente
  • Dores musculares e mal-estar generalizado
  • Náusea e vômitos frequentes
  • Manchas avermelhadas pelo corpo, especialmente mãos e pés

Sem tratamento rápido, a doença pode evoluir para complicações graves, como insuficiência renal, pulmonar e neurológica.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico deve ser feito por profissional de saúde, considerando sintomas e histórico de exposição a áreas de risco.

O tratamento mais eficaz é a doxiciclina, um antibiótico que deve ser administrado logo nos primeiros dias de sintomas. O atraso no início da medicação aumenta significativamente o risco de complicações e morte.

Como se proteger

A prevenção é essencial e envolve cuidados simples:

  • Evitar áreas de risco, como matas e regiões com capivaras
  • Usar roupas claras e compridas para identificar carrapatos
  • Aplicar repelentes específicos contra carrapatos
  • Inspecionar corpo e roupas após sair de áreas de risco
  • Remover imediatamente qualquer carrapato encontrado, usando pinça próxima à pele

Controle ambiental e dos animais domésticos e silvestres é igualmente importante para reduzir a presença de carrapatos na região.

Rafaela Lucena é farmacêutica, formada pela UNIG, e divulgadora científica. Com foco em saúde e bem-estar, trabalha para levar informação confiável e acessível ao público de forma clara e responsável.