A Verbena officinalis, conhecida popularmente como verbena-comum ou erva-santa, é uma planta milenar que atravessa séculos de uso medicinal. Nativa da Europa e hoje naturalizada em partes da América e Ásia, essa erva se destaca por suas múltiplas propriedades terapêuticas, que vão do alívio da ansiedade ao combate de inflamações. Graças aos seus compostos bioativos, a verbena é cada vez mais estudada pela ciência moderna, revelando efeitos que antes eram apenas sabedoria popular.
O uso tradicional da verbena inclui:
- Relaxamento e sono: auxilia na redução de ansiedade e melhora da qualidade do sono;
- Ação anti-inflamatória: ajuda a aliviar dores leves, cólicas e desconfortos musculares;
- Proteção antioxidante: neutraliza radicais livres, promovendo saúde celular.
Raízes históricas e uso ancestral
A verbena possui uma história rica na medicina tradicional. Desde a Antiguidade, era utilizada por egípcios e gregos, chegando à Idade Média com fama de “erva sagrada” e associada a rituais de cura. Povos celtas também valorizavam suas propriedades em cerimônias. Ao longo do tempo, seu uso se expandiu para tratar resfriados, tosse, bronquite, dores de cabeça e insônia, mostrando que, mesmo antes da ciência moderna, a planta já era reconhecida por seus efeitos terapêuticos.
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Evidências científicas recentes

Estudos compilados pelo National Institutes of Health (NIH) identificaram mais de 20 compostos ativos na verbena, incluindo óleos essenciais, flavonoides, mucilagens, saponinas, heterosídeos e monoterpenos. Pesquisas publicadas em periódicos como Phytotherapy Research apontam:
- Efeito antioxidante: flavonoides e ácidos fenólicos ajudam a combater o estresse oxidativo, protegendo células e tecidos;
- Propriedades anti-inflamatórias: compostos bioativos reduzem a produção de mediadores inflamatórios;
- Ação calmante e ansiolítica: extratos de verbena apresentam efeito relaxante, promovendo melhora na qualidade do sono e redução da ansiedade.
Além disso, testes experimentais sugerem potencial anticonvulsivante e efeitos neurológicos benéficos, embora ensaios clínicos em humanos ainda sejam necessários para confirmação plena.
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Como consumir a verbena
A forma mais eficaz de uso é por meio de infusão das partes floridas, utilizando ramos com flores ou botões. A dose recomendada é de 5 g por litro de água fervente, deixando em infusão por 5 a 10 minutos antes de coar. É importante evitar o uso em gestantes e crianças menores de dois anos.
Com respaldo crescente da ciência e tradição milenar, a verbena reafirma seu papel como uma das plantas medicinais mais completas da fitoterapia, combinando sabedoria ancestral e eficácia comprovada.