Como infecções comuns podem causar miocardite e arritmias perigosas

Gripe e COVID podem causar inflamação cardíaca grave. (Foto: Getty Images via Canva)
Gripe e COVID podem causar inflamação cardíaca grave. (Foto: Getty Images via Canva)

A miocardite é uma inflamação do músculo cardíaco, geralmente desencadeada por infecções virais, como influenza ou COVID-19. Essa condição altera a capacidade do coração de bombear sangue de forma eficiente e pode provocar arritmias, inchaço ou fraqueza no tecido cardíaco.

Apesar de rara, a miocardite é grave, pois pode evoluir de forma silenciosa, sem sintomas perceptíveis nos estágios iniciais. Quando não diagnosticada a tempo, a inflamação aumenta o risco de complicações cardíacas e pode afetar tanto jovens quanto adultos.

Sinais e sintomas que merecem atenção

Embora possa ser assintomática, a miocardite pode se manifestar com sinais sutis ou intensos, incluindo:

  • Fadiga intensa e cansaço fora do comum
  • Dor no peito ou desconforto torácico
  • Palpitações e irregularidades no ritmo cardíaco
  • Falta de ar durante atividades físicas leves
  • Inchaço nos pés, tornozelos ou abdômen

Identificar esses sintomas rapidamente é crucial para evitar complicações graves.

Infecções virais e esforço físico

Cansaço e palpitações podem ser sinais de miocardite. (Foto: Doucefleur's via Canva)
Cansaço e palpitações podem ser sinais de miocardite. (Foto: Doucefleur’s via Canva)

Infecções virais causam inflamação no coração, tornando-o mais vulnerável a arritmias. Durante o período de recuperação, qualquer esforço físico intenso pode sobrecarregar o músculo cardíaco inflamado, aumentando o risco de complicações.

  • O repouso adequado durante e após uma gripe ou COVID é essencial.
  • Exercícios devem ser gradativos e supervisionados por um profissional de saúde.
  • Monitoramento médico é recomendado caso haja sintomas incomuns após infecção viral.

Diagnóstico e acompanhamento

O diagnóstico de miocardite envolve exames como:

  • Eletrocardiograma (ECG) para identificar alterações no ritmo
  • Exames de sangue para detectar marcadores de inflamação
  • Ecocardiograma para avaliar a função cardíaca
  • Ressonância magnética cardíaca em casos complexos

O acompanhamento precoce permite tratamento adequado e redução do risco de complicações.

Prevenção e cuidados essenciais

Para reduzir o risco de miocardite:

  • Mantenha vacinação em dia, incluindo gripe e COVID-19
  • Evite atividades físicas intensas durante infecções virais
  • Procure avaliação médica diante de palpitações, dor torácica ou cansaço incomum
  • Siga hábitos saudáveis para fortalecer o coração, como alimentação balanceada e hidratação adequada

Com prevenção e atenção aos sinais, é possível reduzir significativamente os impactos da miocardite no organismo.

Rafaela Lucena é farmacêutica, formada pela UNIG, e divulgadora científica. Com foco em saúde e bem-estar, trabalha para levar informação confiável e acessível ao público de forma clara e responsável.