Cientistas apontam os dois piores alimentos para o seu cérebro

piores alimentos para o cérebro
Alimentação ultraprocessada pode afetar a memória e outras funções cerebrais com o tempo. (Foto: Mabaff's Image / Canva)

O consumo frequente de alimentos ultraprocessados tem sido amplamente associado a problemas de saúde, incluindo obesidade, doenças cardíacas e declínio cognitivo. Um estudo da Virginia Tech, publicado na revista científica The American Journal of Clinical Nutrition, identificou os dois ultraprocessados mais prejudiciais à saúde cerebral: carnes processadas, como bacon, salsicha e presunto, e refrigerantes.

A pesquisa analisou dados de 4.750 adultos com 55 anos ou mais, acompanhados por sete anos. Os participantes passaram por testes de memória e função cognitiva a cada dois anos, avaliando desde recordação imediata até a capacidade de calcular mentalmente, permitindo identificar níveis variados de comprometimento cerebral.

Carnes processadas e refrigerantes: riscos detalhados

Os resultados foram claros:

  • O consumo diário de uma porção de carnes processadas elevou o risco de comprometimento cognitivo em 17%.
  • Cada porção de refrigerante ingerida aumentou esse risco em 6%.

Esses efeitos estão relacionados a corantes, conservantes, aromatizantes e excesso de açúcar presentes nesses alimentos, que podem alterar a saúde cerebral a longo prazo. O estudo reforça que escolhas alimentares inadequadas afetam não apenas o corpo, mas também o funcionamento do cérebro.

Estratégias para proteger o cérebro

piores alimentos para o cérebro
Escolhas alimentares saudáveis ajudam a preservar a saúde cognitiva e reduzir riscos de declínio mental. (Foto: Getty Images / Canva Pro)

Para reduzir os impactos negativos dos ultraprocessados, especialistas recomendam:

  • Ler rótulos e identificar ingredientes prejudiciais;
  • Cozinhar em casa, priorizando alimentos frescos e naturais;
  • Substituir bebidas açucaradas por água ou infusões sem adição de açúcar;
  • Moderação no consumo de processados, evitando a ingestão frequente;
  • Desenvolver habilidades culinárias, fortalecendo hábitos alimentares saudáveis.

Essas medidas ajudam a manter a função cognitiva e contribuem para a saúde geral, especialmente à medida que envelhecemos.

O estudo da Virginia Tech destaca que a alimentação tem impacto direto sobre o cérebro. Entender quais alimentos representam maior risco e adotar hábitos mais saudáveis pode ajudar a prevenir ou retardar o declínio cognitivo em longo prazo. 

Cozinhar em casa, optar por bebidas naturais e reduzir o consumo de ultraprocessados são passos fundamentais para preservar a saúde cerebral e o bem-estar geral.

Rafaela Lucena é farmacêutica, formada pela UNIG, e divulgadora científica. Com foco em saúde e bem-estar, trabalha para levar informação confiável e acessível ao público de forma clara e responsável.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *