Um misterioso pulso de luz vindo de uma estrela próxima tem intrigado a comunidade científica. O fenômeno, identificado por Richard Stanton, cientista aposentado do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, reacendeu a discussão sobre a possível existência de inteligência extraterrestre. O pulso foi detectado enquanto Stanton analisava mais de 1.300 estrelas semelhantes ao Sol em busca de sinais não naturais, em uma missão pessoal que já dura anos.
Além disso, a natureza incomum do sinal registrado na estrela HD 89389, localizada a cerca de 102 anos-luz da Terra, chamou atenção por sua singularidade:
“Nenhum pulso semelhante a esses foi encontrado em mais de 1.500 horas de busca”, escreveu Stanton.
Pulsos duplos e a ausência de explicações simples
O pulso observado em 14 de maio de 2023 reduziu o brilho da estrela em cerca de 25% por apenas um décimo de segundo. Sendo assim, o evento se mostrou muito diferente de fenômenos comuns, como aviões, satélites, pássaros ou meteoros. Por isso, Stanton afirma que os objetos que normalmente interferem na luz estelar não explicam os pulsos detectados.
Vale destacar que eventos semelhantes foram encontrados nos dados de 2019 (estrela HD 217014) e em janeiro de 2025 (HD 12051). Cabe ressaltar, que nenhum dos três eventos apresentou explicações convencionais convincentes.
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Alienígenas ou fenômeno natural? A cautela da ciência
Embora Stanton tenha deixado a hipótese de inteligência extraterrestre (ETI) sobre a mesa, especialistas pedem cautela.
“Há um histórico (que remonta a mais de um século) de descobertas astronômicas que, a princípio, foram atribuídas a seres extraterrestres, mas que, na verdade, se revelaram fenômenos naturais”, alertou Seth Shostak, astrônomo sênior do Instituto SETI.
Além disso, Shostak argumenta que seres inteligentes não enviariam sinais vazios: “Esperaria que qualquer transmissão alienígena transmitisse algum tipo de informação”. Dessa maneira, ele acredita que os pulsos sejam resultado de fenômenos astrofísicos desconhecidos.
O mistério continua: o que pode estar por trás dos pulsos?
Apesar das investigações, muitas perguntas continuam sem resposta. Stanton sugere que o objeto responsável pelos pulsos possa estar dentro do nosso próprio sistema solar. Isso porque a velocidade das variações indica uma distância relativamente curta da Terra.
Com isso, ele defende que “mais e melhores dados são necessários”, especialmente por meio de observações com telescópios mais avançados. Portanto, a busca por uma resposta, seja ela natural ou não, continua. E, desse jeito, o universo mantém seu posto como a maior fonte de mistérios da ciência moderna.