O mercado de suplementos alimentares voltou ao centro das atenções após a Anvisa determinar a retirada imediata de diversos produtos que apresentavam irregularidades graves. A ação envolve apreensão, suspensão de comercialização e bloqueio de itens com ingredientes proibidos, além de produtos sem origem comprovada.
O caso reforça a importância de um controle rigoroso para garantir que o consumidor tenha acesso apenas a fórmulas seguras e devidamente regulamentadas.
Irregularidades que acenderam o alerta sanitário
A fiscalização identificou falhas relevantes em suplementos distribuídos pela Lirius Suplementos. Durante inspeções, foram constatados problemas na estrutura produtiva da fabricante e uso de substâncias que não podem compor suplementos alimentares. Entre os ingredientes fora das normas estavam ora-pro-nóbis, berinjela, boldo, figo, carqueja, camomila, amaranto e pimenta caiena.
Além disso, a divulgação dos produtos incluía alegações de efeitos terapêuticos, algo proibido para essa categoria. Suplementos não podem prometer emagrecimento, controle glicêmico, melhora cardiovascular ou alívio de dores, já que tais benefícios exigem comprovação clínica e autorização específica como medicamento.
A medida de recolhimento atingiu cápsulas, misturas em pó e soluções líquidas voltadas ao controle metabólico, articulações e fórmulas de ômega 3.
Produtos sem procedência e propaganda indevida
Outro foco das ações foi a linha de produtos comercializados sob o nome Natufab Produtos Naturais. A Anvisa suspendeu loteamentos inteiros após constatar ausência total de informações sobre a origem dos itens. Assim como no caso anterior, foram encontrados ingredientes não autorizados para suplementos, incluindo ora-pro-nóbis e maca peruana.
Paralelamente, os materiais de divulgação direcionavam o consumo a pessoas com diabetes, colesterol alto e triglicerídeos elevados, o que é proibido para esse tipo de produto, já que suplementos não possuem indicação terapêutica formal.
Componente proibido leva à suspensão de outro suplemento
A agência também determinou o recolhimento do suplemento Avestril. A decisão foi motivada pela presença de um componente que não pode ser utilizado em suplementos alimentares, além de divulgação inadequada na internet. O produto teve distribuição, fabricação e venda suspensas em todo o território nacional.
Como ficar atento a suplementos irregulares
Para evitar riscos, é importante que o consumidor:
- Confirme se o suplemento está regularizado e aparece nos registros da Anvisa
- Desconfie de promessas de cura, perda de peso ou efeito medicinal
- Procure fabricantes com histórico confiável
- Consulte profissionais de saúde antes de usar suplementos
Impacto das medidas
Com o recolhimento, todos os produtos afetados devem ser retirados imediatamente do mercado e não podem voltar à circulação até que as irregularidades sejam resolvidas. As ações reforçam a necessidade de vigilância contínua em um setor que cresce rapidamente e nem sempre segue padrões adequados.
