Como a Erliquiose afeta cães e gatos e como se prevenir

Cuidados essenciais para prevenir a doença do carrapato. (Foto: Getty Images / Canva Pro)
Cuidados essenciais para prevenir a doença do carrapato. (Foto: Getty Images / Canva Pro)

A Erliquiose é uma condição infecciosa que afeta cães e gatos, causada por bactérias do gênero Ehrlichia e transmitida principalmente pelo carrapato-marrom (Rhipicephalus sanguineus). Apesar de menos frequente em felinos, a doença merece atenção, pois a bactéria se dissemina rapidamente pela corrente sanguínea, podendo comprometer células de defesa e, em fases avançadas, órgãos vitais.

Como a infecção se instala

O ciclo infeccioso inicia quando o carrapato contaminado se alimenta do sangue do animal, liberando a bactéria. Importante destacar que apenas um carrapato pode ser suficiente para transmitir a doença, o que significa que pets que vivem em apartamentos ou áreas urbanas ainda podem apresentar algum risco. Além disso, o contato com animais portadores e passeios ao ar livre podem facilitar a exposição.

Sinais sutis que merecem atenção

A Erliquiose apresenta manifestações variadas, dependendo do estágio da infecção e da espécie do animal. Entre os sinais mais observados em cães estão:

Proteja cães e gatos com cuidados preventivos simples. (Foto: Pexels / Canva Pro)
Proteja cães e gatos com cuidados preventivos simples. (Foto: Pexels / Canva Pro)
  • Perda de apetite e emagrecimento gradual;
  • Febre intermitente;
  • Fraqueza e desânimo;
  • Alterações oculares, como vermelhidão ou secreção;
  • Sangramentos discretos em gengivas ou nariz;
  • Aumento de gânglios e manchas na pele.

Em gatos, os sintomas podem ser mais sutis, tornando essencial a observação constante do comportamento e do bem-estar do pet.

Diagnóstico e acompanhamento profissional

O diagnóstico exige exames laboratoriais, principalmente análises sanguíneas capazes de identificar a presença da bactéria e seus efeitos. 

O tratamento envolve antibióticos de uso prolongado, suporte nutricional e medicamentos complementares conforme a necessidade. Após o término da terapia, a recuperação pode demandar semanas, reforçando a importância do acompanhamento veterinário contínuo.

Estratégias preventivas

Prevenir a exposição continua sendo a abordagem mais segura. Algumas medidas recomendadas incluem:

  • Limpeza regular de caminhas, mantas e brinquedos;
  • Consultas periódicas ao veterinário;
  • Inspeção do pelo após passeios;
  • Uso de produtos antiparasitários indicados pelo profissional;
  • Evitar áreas com alta concentração de carrapatos.

Com cuidados consistentes, é possível reduzir a exposição à Erliquiose e manter um ambiente seguro e saudável para cães e gatos, sem que os riscos sejam alarmantes.

Rafaela Lucena é farmacêutica, formada pela UNIG, e divulgadora científica. Com foco em saúde e bem-estar, trabalha para levar informação confiável e acessível ao público de forma clara e responsável.

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