A ciência brasileira dá um passo importante na luta contra a obesidade e o diabetes tipo 2. A partir da segunda-feira, 4 de agosto de 2025, as farmácias começam a vender a primeira caneta emagrecedora produzida integralmente no Brasil.
A novidade promete mais acesso ao tratamento e menos dependência de medicamentos importados, sendo assim, uma virada estratégica para a saúde pública e o mercado farmacêutico nacional. Vale destacar que essa tecnologia, até então dominada por laboratórios estrangeiros, agora é fabricada em território nacional.
Produção 100% brasileira
- A EMS é a primeira farmacêutica a fabricar canetas de liraglutida no Brasil.
- A produção acontece em Hortolândia (SP), na única fábrica nacional especializada em peptídeos.
- A planta tem capacidade inicial para 20 milhões de canetas por ano, podendo dobrar conforme a demanda.
- A iniciativa ajuda a reduzir a dependência de medicamentos importados e amplia o acesso da população a tratamentos modernos.
- A fabricação nacional pode gerar impacto positivo no preço e disponibilidade do medicamento no mercado interno.
Lançamento duplo: Olire e Lirux chegam às prateleiras

A EMS lança duas versões da caneta: Olire, voltada para o emagrecimento, e Lirux, indicada para o controle do diabetes tipo 2. Os preços sugeridos variam entre R$ 307,26 (unidade de Olire) e R$ 760,61 (kit com três unidades). Já o Lirux, com duas canetas, sai por R$ 507,07. Pacientes cadastrados no programa Vida + Leve terão 10% de desconto, o que pode facilitar ainda mais o acesso.
Os medicamentos estarão disponíveis inicialmente em quatro grandes redes de farmácia: Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo e Pacheco, com vendas online e em lojas físicas das regiões Sul e Sudeste. A distribuição nacional ocorrerá de forma gradual nas próximas semanas.
Qual a diferença entre Olire e Lirux, as novas canetas injetáveis da EMS?
• Ambos possuem liraglutida como princípio ativo
• Olire é indicado para obesidade, Lirux para diabetes tipo 2
• Produção 100% brasileira pela farmacêutica EMS
• Canetas devem custar até 20% menos que as marcas de referência
Ambos os medicamentos têm como princípio ativo a liraglutida, um análogo de GLP-1 já conhecido por sua eficácia nessas indicações.
Preços e produção nacional
A EMS anunciou que ambas as canetas terão preços de tabela entre 10% e 20% menores que os das marcas de referência, como Saxenda e Victoza. A expectativa é produzir cerca de 200 mil unidades ainda em 2025, com previsão de mais de 500 mil canetas nos próximos 12 meses.
Com isso, o Brasil entra definitivamente no mercado global de análogos de GLP-1, e os pacientes ganham novas opções com maior acessibilidade e produção local.
Liraglutida: como age esse princípio ativo?
A liraglutida é classificada como uma análoga de GLP-1, um hormônio produzido no intestino que regula o nível de glicose no sangue e as respostas de saciedade. Ela imita a ação natural desse hormônio, auxiliando na redução do apetite e no controle da glicemia.
Cabe ressaltar que o princípio ativo é o mesmo presente nos medicamentos Saxenda e Victoza, da farmacêutica Novo Nordisk, já bastante conhecidos e utilizados no país.
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Concorrência no mercado
Por isso, a chegada da Olire e do Lirux representa uma alternativa nacional mais acessível e competitiva. Dessa maneira, amplia-se a oferta para pacientes que antes dependiam exclusivamente de versões importadas e, muitas vezes, com preços elevados.
A EMS também já anunciou que pretende lançar, em 2026, uma versão nacional da semaglutida, substância presente nos medicamentos Ozempic e Wegovy, com forte apelo comercial, porque a patente desses produtos cairá no Brasil.
Desse jeito, o avanço da indústria nacional é um marco estratégico para a saúde coletiva. Portanto, para quem busca tratamento contra a obesidade ou diabetes tipo 2, a nova caneta brasileira surge como uma opção viável, eficaz e economicamente acessível.