A reconstrução mamária é um dos momentos mais significativos na jornada de quem enfrentou o câncer de mama. Mais do que restaurar a aparência, ela ajuda a reconstruir a autoestima, a identidade e o equilíbrio emocional após um período de intenso tratamento.
A cirurgia pode ser feita logo após a mastectomia, no mesmo ato em que o tumor é retirado, ou em um segundo momento, dependendo do tipo de câncer e das condições clínicas da paciente. Essa decisão é sempre individualizada e deve ser tomada em conjunto com a equipe médica.
Técnicas modernas que transformam o resultado
Com o avanço da medicina, diferentes técnicas permitem resultados naturais e seguros. Entre as principais opções estão:
- Implantes de silicone: devolvem o volume da mama com recuperação mais rápida.
- Retalhos de tecidos do próprio corpo: utilizam pele, gordura e músculo do abdômen, costas ou coxas.
- Oncoplastia: combina a retirada do tumor com a remodelação da mama, preservando a simetria e a forma natural.
Essas técnicas oferecem melhores resultados estéticos e funcionais, reduzindo cicatrizes e promovendo mais conforto físico e emocional.
Quando a reconstrução é indicada

A reconstrução é indicada para todas as mulheres submetidas à mastectomia total ou parcial, desde que o quadro clínico permita. Ela pode ocorrer:
- Imediatamente após a retirada do tumor, quando o caso é seguro;
- Em um segundo momento, após tratamentos como quimioterapia ou radioterapia.
A escolha do momento ideal depende de fatores como o tipo de tumor, o estágio da doença e a resposta do organismo ao tratamento.
Reconstrução mamária é um direito garantido por lei
No Brasil, a Lei nº 15.171/2025 garante o direito à cirurgia plástica reconstrutiva das mamas a todas as mulheres que sofrerem mutilação total ou parcial da mama, independentemente da causa.
O texto da lei também assegura que toda mulher tem o direito de decidir livremente sobre a realização do procedimento, desde que plenamente informada sobre os riscos e benefícios. A norma vale tanto para a rede pública (SUS) quanto para a rede privada, ampliando o acesso e reforçando a importância da reconstrução na recuperação integral.
O impacto psicológico e emocional
A reconstrução mamária não é apenas uma cirurgia estética, ela simboliza recomeço e autoconfiança. Após o câncer, muitas mulheres relatam melhora significativa na autoestima, no bem-estar e na qualidade de vida.
A decisão pela reconstrução deve ser vista como parte do tratamento global, pois cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar do corpo. A sensação de se sentir novamente inteira é um passo fundamental no processo de superação.
A reconstrução mamária representa esperança, força e recomeço. Com os avanços médicos e o respaldo da Lei nº 15.171/2025, o procedimento tornou-se mais acessível e seguro, permitindo que milhares de mulheres retomem não apenas a forma física, mas também a confiança e a vontade de viver plenamente.

