Memória falhando? Diferencie lapsos normais de sintomas de demência precoce

Esquecimentos frequentes podem sinalizar alerta. (Foto: Lesia Sementsova via Canva)
Esquecimentos frequentes podem sinalizar alerta. (Foto: Lesia Sementsova via Canva)

O esquecimento ocasional faz parte do envelhecimento natural, mas é fundamental diferenciar lapsos comuns de sinais de doenças cognitivas, como a demência. Reconhecer os primeiros sintomas permite diagnóstico precoce, intervenções adequadas e melhora na qualidade de vida.

À medida que o cérebro envelhece, é normal apresentar pequenas falhas de memória, como esquecer nomes ou compromissos recentes. Entretanto, quando a perda de memória começa a interferir nas atividades diárias, a atenção deve ser redobrada.

Quando o esquecimento é preocupante

Alguns sinais podem indicar que o esquecimento não é apenas fisiológico:

  • Dificuldade em acompanhar conversas ou instruções simples
  • Confusão com tarefas domésticas ou rotinas diárias
  • Esquecimento de eventos recentes, mesmo com lembretes
  • Desorientação em locais familiares
  • Tomada de decisões arriscadas ou fora do padrão usual
  • Mudanças de personalidade, como apatia ou irritabilidade
  • Incapacidade de perceber falhas de memória sem ajuda externa

Observar esses sinais é especialmente importante quando eles se tornam contínuos ou progressivos, indicando potencial comprometimento cognitivo.

Fatores que influenciam a memória

Hábitos saudáveis ajudam a preservar a memória. (Foto: Getty Images via Canva)
Hábitos saudáveis ajudam a preservar a memória. (Foto: Getty Images via Canva)

Alguns fatores não podem ser modificados, como idade, genética e histórico familiar. No entanto, vários elementos podem ser controlados para reduzir riscos:

  • Pressão arterial e glicemia equilibradas ajudam a proteger os vasos cerebrais
  • Prática regular de exercícios físicos, que melhora a oxigenação e circulação
  • Sono reparador, essencial para limpeza cerebral e consolidação de memórias
  • Alimentação rica em frutas, vegetais, peixes e oleaginosas, preservando funções cognitivas
  • Evitar hábitos prejudiciais, como excesso de álcool, tabagismo e sedentarismo
  • Estímulos intelectuais contínuos, fortalecendo conexões neurais

Hábitos práticos para proteger o cérebro

Incorporar estratégias simples na rotina diária fortalece a memória e a autonomia:

  • Manter atividades cognitivas diárias, como leitura, quebra-cabeças e aprendizado de novas habilidades
  • Estabelecer interação social regular, prevenindo isolamento emocional
  • Criar rotinas estruturadas, facilitando registro e lembrança de informações
  • Exposição moderada à luz solar, apoiando o ritmo circadiano
  • Manter hidratação adequada, essencial para o funcionamento das células cerebrais

A distinção entre lapsos comuns e perda de memória patológica é crucial. Enquanto esquecimentos leves são normais no envelhecimento, sinais persistentes que comprometem tarefas diárias e decisões podem indicar doenças cognitivas.

Investir em hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, prática de atividades físicas, sono adequado e estímulos mentais contínuos, é uma forma comprovada de proteger a memória e preservar a qualidade de vida ao longo dos anos.

Rafaela Lucena é farmacêutica, formada pela UNIG, e divulgadora científica. Com foco em saúde e bem-estar, trabalha para levar informação confiável e acessível ao público de forma clara e responsável.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *