5 sinais no corpo canino que indicam envelhecimento precoce

Observe o corpo do seu cão para detectar envelhecimento. (Foto: Getty Images via Canva)
Observe o corpo do seu cão para detectar envelhecimento. (Foto: Getty Images via Canva)

O envelhecimento é um processo natural, mas em cães nem sempre significa saúde plena na velhice. Alguns sinais, visíveis ou detectáveis por exames, podem indicar que o cão está envelhecendo mais rápido do que o esperado. Identificar esses indicadores precocemente é essencial para aumentar a longevidade e a qualidade de vida do pet.

Segundo o estudo Catabólitos proteicos como biomarcadores sanguíneos da fisiologia do envelhecimento: Resultados do Projeto de Envelhecimento Canino, de Benjamin R. Harrison, certos marcadores sanguíneos, como aminoácidos modificados pós-traducionalmente, chamados ptmAAs, podem revelar o envelhecimento biológico do cão, independentemente da idade cronológica.

Além dos sinais moleculares, alterações físicas e comportamentais também servem como alerta para tutores e veterinários.

Como identificar envelhecimento precoce no seu cão

Saiba reconhecer sinais físicos e moleculares de envelhecimento. (Foto: Getty Images via Canva)
Saiba reconhecer sinais físicos e moleculares de envelhecimento. (Foto: Getty Images via Canva)

Ficar atento aos indicadores certos ajuda tutores e veterinários a agir preventivamente. Abaixo estão os 5 principais sinais de envelhecimento precoce que você deve observar no seu pet:

Catabólitos proteicos no sangue

O estudo mostra que aminoácidos modificados pós-traducionalmente, chamados ptmAAs, aumentam no sangue conforme o cão envelhece.

O que são ptmAAs?

  • São aminoácidos que sofreram alterações químicas após serem incorporados em proteínas.
  • Essas modificações podem alterar a função, estabilidade ou interação das proteínas.
  • No sangue, níveis elevados de ptmAAs refletem processos celulares de degradação proteica e envelhecimento fisiológico, funcionando como biomarcadores moleculares.

Monitorar ptmAAs permite identificar envelhecimento precoce, mesmo em cães que parecem saudáveis.

Alterações na função renal

Problemas renais são comuns em cães mais velhos e se manifestam de forma silenciosa em muitos casos. A deterioração da função renal contribui para o acúmulo de catabólitos proteicos, acelerando o envelhecimento fisiológico. 

Monitorar ingestão de água, frequência urinária e exames de sangue periódicos é fundamental para detectar alterações antes que causem danos graves.

Redução da mobilidade

Dificuldade para caminhar, subir escadas ou saltar é um sinal clássico de envelhecimento precoce. A mobilidade comprometida pode estar relacionada a artrite, fraqueza muscular ou problemas articulares

Exercícios regulares, adequados à idade e porte do cão, ajudam a preservar força e flexibilidade, retardando o declínio físico.

Declínio cognitivo e mudanças de comportamento

Alterações comportamentais, como desorientação, esquecimento de comandos ou menor interação social, indicam envelhecimento cerebral precoce. A

Ambientes enriquecidos com estímulos mentais, brinquedos e interação constante contribuem para manter a cognição ativa, reduzindo os efeitos do envelhecimento no cérebro do cão.

Alterações de peso e condição corporal

Ganho ou perda de peso fora do esperado pode sinalizar envelhecimento acelerado ou doenças subjacentes. Manter o cão dentro do peso ideal e oferecer uma alimentação balanceada, adaptada à idade e porte, é essencial para prolongar a vida e reduzir riscos de doenças crônicas.

Portanto, identificar estes 5 sinais de envelhecimento precoce: catabólitos proteicos, função renal comprometida, mobilidade reduzida, declínio cognitivo e alterações de peso, permite agir de forma preventiva, aumentando anos de vida com saúde e bem-estar do cão.

O estudo de Benjamin R. Harrison mostra que é possível monitorar o envelhecimento fisiológico com precisão e que cuidados diários, alimentação balanceada, exercícios e estímulo mental podem fazer diferença real na longevidade canina.

A atenção a esses sinais ajuda tutores a oferecer um envelhecimento mais saudável, prolongando tanto os anos quanto a qualidade de vida do seu melhor amigo.

Rafaela Lucena é farmacêutica, formada pela UNIG, e divulgadora científica. Com foco em saúde e bem-estar, trabalha para levar informação confiável e acessível ao público de forma clara e responsável.