O objeto interestelar 3I/ATLAS voltou a chamar atenção da comunidade científica com imagens recentes que revelam detalhes surpreendentes de sua estrutura e dinâmica. Detectado inicialmente em julho de 2025, este visitante interestelar mantém uma forma coerente enquanto viaja a impressionantes 220 mil km/h, confirmando sua origem fora do Sistema Solar. Observações realizadas em outubro e novembro destacam ondas de rotação rápida na coma gasosa e um núcleo com geometria incomum, desafiando modelos tradicionais de cometas.
A partir de diferentes telescópios, incluindo o European Southern Observatory (ESO) e observatórios amadores, os astrônomos documentaram características consistentes, mesmo com variações nas condições de visibilidade. Entre os achados mais notáveis, destacam-se:
- Núcleo central brilhante com envelopes multilayered e protuberâncias angulares;
- Spin waves acelerados, girando em sincronia com a rotação do objeto;
- Emissões químicas ricas em níquel, sem traços de ferro, incomuns em cometas naturais;
- Cauda de 6,5 milhões de km com filamentos torcidos e nós estruturais;
- Trajetória hiperbólica segura, sem risco de colisão com a Terra.
Estrutura interna surpreendentemente rígida

As imagens recentes mostram que o núcleo do 3I/ATLAS mantém uma geometria persistente, independente da iluminação solar ou ângulo de observação. Ridges radiais e transições de densidade simétricas indicam uma coesão estrutural incomum, diferente de cometas típicos que apresentam dispersão irregular de poeira e gás. Esse padrão sugere forças internas que podem manter a integridade do objeto mesmo sob aceleração rápida e influência solar.
Ondas de spin aceleradas e dinâmica interna
O 3I/ATLAS exibe ondas de spin que se propagam pelo envelope gasoso em escalas de minutos, muito mais rápidas que ciclos observados em cometas comuns. Essas ondas evidenciam forças coesivas internas, reforçadas por análises espectroscópicas do Hubble Space Telescope e do James Webb Space Telescope, que confirmam modulações consistentes em diferentes comprimentos de onda. A ausência de jatos caóticos e a presença de filamentos estruturados indicam processos internos ordenados, possivelmente criovulcânicos.
Monitoramento contínuo e implicações científicas
O objeto segue trajetória hiperbólica, com periélio próximo à órbita de Marte e máxima aproximação da Terra a 1,8 unidade astronômica, sem risco de impacto. Agências como NASA e ESA monitoram 3I/ATLAS para estudar acelerações não gravitacionais e padrões rotacionais, essenciais para compreender visitantes interestelares e testar modelos de formação planetária e química exótica. Observações amadoras e profissionais contribuem para mapear a evolução do núcleo e da coma, oferecendo dados valiosos para futuras missões, incluindo o Comet Interceptor da ESA.

