O avanço das mudanças climáticas tem aumentado a pressão sobre a agricultura, sobretudo pela irregularidade das chuvas e pela intensificação dos períodos de seca. Para reduzir essas perdas, cientistas desenvolveram o Hydratus, um inoculante biológico capaz de tornar as lavouras mais resistentes e produtivas mesmo sob baixa disponibilidade de água.
O insumo é produzido a partir da bactéria Bacillus subtilis, isolada originalmente em solos do Ceará, e já está autorizado para uso em soja, com estudos em expansão para outras culturas.
Resumo dos principais diferenciais:
- Favorece o crescimento das raízes em ambientes secos;
- Eleva a absorção de nutrientes e água no solo;
- Aumenta a produtividade média de soja e milho;
- Conta com alta concentração de células ativas;
- Mantém estabilidade no solo e longa vida útil na prateleira.
Mecanismo de ação e benefícios observados

A tecnologia reúne uma grande quantidade de células de Bacillus subtilis associada a protetores que ampliam a sobrevivência da bactéria no ambiente agrícola. Essa interação promove alterações no sistema radicular, estimulando raízes mais longas e densas.
Testes laboratoriais também comprovaram a produção de fitohormônios, que funcionam como reguladores naturais do crescimento vegetal, resultando em plantas mais vigorosas e resistentes à estiagem.
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Evidências em campo
Ensaios realizados em 30 áreas agrícolas mostraram ganhos consistentes na produtividade. Nas lavouras de milho, o incremento chegou a 7,7 sacas por hectare, enquanto em áreas de soja o aumento foi de 4,8 sacas por hectare.
Esses resultados foram obtidos em solos e climas distintos, reforçando a robustez da solução. Para os pesquisadores, a explicação está no desenvolvimento radicular diferenciado, que permite às plantas explorar melhor os recursos hídricos disponíveis.
Impacto para o futuro da agricultura
O Hydratus surge como ferramenta estratégica para uma agricultura sustentável, oferecendo maior estabilidade de produção em um cenário de secas cada vez mais frequentes.
Além de reduzir perdas, a inovação demonstra como a cooperação entre equipes científicas e empresas pode acelerar a chegada de tecnologias aplicáveis ao campo, ampliando a resiliência do setor produtivo frente às mudanças climáticas.
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