Após 25 anos de ocupação humana contínua, a Estação Espacial Internacional (ISS) se aproxima do fim de sua missão histórica. A NASA, em parceria com outras agências espaciais, já definiu o destino da gigantesca estrutura: o Ponto Nemo, no oceano Pacífico, apelidado de “cemitério das espaçonaves”, onde satélites e antigas estações encerram suas missões.
Com cerca de 460 toneladas e o tamanho aproximado de um campo de futebol, a ISS será o maior objeto já conduzido a esse local. A operação, prevista para 2030, será realizada com uma versão adaptada da cápsula Dragon, da SpaceX, projetada para garantir que a maior parte da estação queime na reentrada e minimize riscos de destroços.
- A ISS completou 25 anos de operação contínua no espaço;
- Já recebeu 290 astronautas de 26 países;
- Cinco agências espaciais colaboraram: EUA, Rússia, Japão, Canadá e Europa;
- A cápsula Dragon conduzirá a reentrada controlada em 2030;
- O Ponto Nemo está 2.700 km distante da terra habitada, garantindo segurança.
Como será a reentrada controlada da ISS
O processo de desativação será gradual. Inicialmente, painéis solares e radiadores se desprenderão da estação, seguidos pelo fragmentamento dos módulos principais. O calor intenso da atmosfera fará com que a maior parte da estrutura se desintegre, enquanto partes metálicas mais densas podem resistir e cair no oceano.

O Ponto Nemo é considerado ideal por estar isolado de rotas de navegação e habitações humanas, garantindo que os destroços remanescentes não representem risco. Ao longo de décadas, centenas de satélites e estações já foram “sepultados” nesse local, incluindo a Mir e a Skylab, embora esta última tenha causado incidentes menores durante a queda.
Legado científico e importância histórica da ISS
Construída entre 1998 e 2011, a ISS é um dos maiores marcos tecnológicos da humanidade. Ao longo de três décadas, tornou-se o maior laboratório científico em órbita, permitindo experimentos em diversas áreas, como:
- Medicina, com pesquisas sobre efeitos da microgravidade no corpo humano;
- Física, explorando partículas e fluidos em condições de gravidade reduzida;
- Biologia, estudando organismos vivos em ambientes extremos.
A colaboração internacional permitiu que cada país contribuísse com astronautas, recursos e módulos, refletindo uma das maiores parcerias científicas da história. O encerramento da ISS marca o fim de uma era de cooperação orbital, abrindo caminho para estações comerciais e novas missões de exploração espacial.

