Imagine observar uma imagem de Marte e se deparar com algo que parece saído direto de um recife submarino da Terra. Foi exatamente isso que aconteceu quando o rover Curiosity, da NASA, registrou uma formação rochosa que, à primeira vista, lembra um coral. Além disso, a semelhança ficou ainda mais impressionante pelo fato de a foto ter sido capturada em preto e branco com o Remote Micro Imager, uma câmera telescópica de alta resolução instalada no robô.
Principais destaques da descoberta:
- Formação rochosa em Marte com formato semelhante a um coral;
- Foto registrada pelo Curiosity em preto e branco;
- Estrutura formada por água antiga e bilhões de anos de erosão;
- Não há relação biológica com corais da Terra;
- Descoberta anunciada pela NASA em 4 de agosto.
Por que parece coral, mas não é

Vale destacar que, apesar do formato peculiar, a estrutura não tem qualquer relação biológica com os corais terrestres. Isso porque, segundo a NASA, trata-se de uma rocha moldada por água líquida antiga e pela ação de ventos ao longo de bilhões de anos. Cabe ressaltar, que outras formações semelhantes já haviam sido registradas no Planeta Vermelho. Como a própria agência explicou:
“A água carregou minerais dissolvidos para dentro das rachaduras da rocha e, posteriormente, secou, deixando para trás os minerais endurecidos. Éons de erosão pelo vento desgastaram a rocha circundante, produzindo as formas únicas vistas hoje”.
Sendo assim, estamos diante de um registro geológico e não de vida marinha. Não é a primeira vez que rochas marcianas ganham apelidos criativos.
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Marte e suas formas curiosas
O rover Perseverance já fotografou formações que lembravam uma cobra, um boneco de neve e até uma “porção de espaguete”. Com isso, a exploração do planeta também se torna um convite à imaginação popular.
Um aniversariante incansável
No último dia 5, o Curiosity completou 13 anos em solo marciano. A missão, originalmente pensada para durar pouco menos de dois anos terrestres, já percorreu mais de 35 km, tirou mais de 709 mil fotos e coletou 42 amostras. Desse jeito, a ciência acumula dados valiosos sobre a história e geologia marcianas.
O robô, com seus 900 kg e alimentado por um Gerador Termoelétrico de Radioisótopos Multimissão, ainda deve operar por pelo menos mais um ano. Portanto, cada nova descoberta é um lembrete de por que vale tanto a pena continuar explorando, não apenas para responder perguntas, mas também para descobrir novas. Por isso, essa “rocha coral” é mais um marco fascinante na aventura científica em Marte.
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