NASA acelera planos para construir reator nuclear na Lua até 2030

Ilustração artística realista de um reator nuclear na Lua (Crédito da imagem: Canva/ Gerado com IA)

A Lua pode em breve abrigar algo que parecia apenas ficção científica: um reator nuclear de 100 quilowatts projetado pela NASA. A agência espacial anunciou que pretende acelerar esse projeto e garantir que esteja operacional até 2030. Mas afinal, por que um reator nuclear na Lua é tão importante para o futuro da exploração espacial?

Resumo do que está em jogo

  • A NASA pretende instalar um reator nuclear de 100 quilowatts na Lua até 2030;
  • O projeto é essencial para o programa Artemis, que visa bases permanentes na superfície lunar;
  • A energia solar não é viável, já que a noite lunar dura cerca de 14 dias terrestres;
  • A corrida espacial envolve também China e Rússia, que planejam suas próprias bases;
  • A liderança do projeto está com Sean Duffy, administrador interino nomeado em 2025.

Energia lunar: um desafio além do Sol

Reator nuclear na Lua (Crédito da imagem: Canva Pro/ Gerado com IA)

O primeiro ponto a entender é que a energia solar não é a solução ideal para bases lunares. Isso porque a noite lunar dura cerca de duas semanas terrestres, tornando inviável depender apenas de painéis solares.

Sendo assim, um sistema de fissão nuclear surge como alternativa estratégica e confiável. Vale destacar que a NASA já vinha estudando um modelo de 40 quilowatts, mas a nova diretriz amplia a meta para 100 quilowatts.

O programa Artemis e a corrida pelo espaço

Representação do conceito do sistema de aterrissagem tripulada da Starship, desenvolvido pela SpaceX (Crédito da imagem: SpaceX)

A missão Artemis, que busca levar astronautas de volta à Lua e estabelecer bases permanentes, precisa de energia robusta. Com isso, o reator nuclear se torna peça-chave para sustentar equipamentos, habitats e pesquisas. Além disso, existe uma questão geopolítica: a China e a Rússia também planejam suas próprias instalações lunares. Por isso, a NASA entende que precisa se antecipar.

Segundo o Politico, a diretiva afirma que o primeiro país a instalar um reator lunar poderia até “declarar uma zona de exclusão, o que inibiria significativamente os Estados Unidos”. Dessa maneira, a corrida espacial moderna deixa de ser apenas científica e se torna também estratégica.

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Quem está por trás da decisão?

Outro aspecto curioso é a liderança atual da NASA. O administrador interino, Sean Duffy, deve anunciar oficialmente essa nova diretriz. Cabe ressaltar que Duffy não vem de uma carreira técnica na área espacial: ele já foi apresentador do Fox Business Channel e participante do reality show Real World: Boston. A nomeação ocorreu após o ex-presidente Donald Trump retirar a indicação anterior de Jared Isaacman, empresário bilionário e astronauta privado.

Portanto, a instalação de um reator nuclear na Lua não é apenas um marco tecnológico, mas um movimento estratégico. Isso porque o domínio energético no espaço pode definir quem terá vantagem na exploração lunar. Desse jeito, a década de 2030 promete ser decisiva para sabermos quem dará o próximo grande passo da humanidade fora da Terra.

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Leandro Sinis é biólogo, formado pela UFRJ, e atua como divulgador científico. Apaixonado por ciência e educação, busca tornar o conhecimento acessível de forma clara e responsável.

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