A física moderna perdeu um de seus maiores nomes com a morte de Chen Ning Yang, aos 103 anos em Pequim. Reconhecido mundialmente, Yang deixou um legado profundo, influenciando gerações de cientistas com suas descobertas sobre partículas elementares e princípios de simetria na física subatômica.
Nascido em 1922 em Hefei, China, Yang construiu sua carreira internacional como físico sino-americano, atuando em áreas como mecânica estatística e interações fundamentais da natureza. Sua contribuição mais notável foi a violação da paridade na interação fraca, descoberta que desafiou crenças tradicionais sobre simetrias naturais e redefiniu a física de partículas.
Principais marcos da carreira de Chen Ning Yang:
- Prêmio Nobel de Física em 1957, compartilhado com Tsung Dao Lee;
- Coautor da teoria de gauge Yang-Mills, pilar da física subatômica;
- Pesquisas que influenciaram profundamente a compreensão das interações fundamentais;
- Comparado a nomes como Albert Einstein e Enrico Fermi.
A revolução da teoria Yang-Mills

A teoria de Yang-Mills, desenvolvida em conjunto com Tsung Dao Lee, é considerada um dos alicerces da física moderna. Essa teoria fornece a estrutura matemática para entender as forças fundamentais que regem o comportamento de partículas subatômicas. Graças a esse trabalho, muitos dos modelos do Modelo Padrão da física de partículas foram possíveis, permitindo avanços que transformaram tanto a ciência quanto a tecnologia contemporânea.
Legado e impacto duradouro
Além de suas descobertas científicas, Yang inspirou uma geração de físicos com sua abordagem rigorosa e visionária, conectando matemática avançada e fenômenos naturais. Sua influência transcende décadas, e seu trabalho continua a ser estudado em universidades e centros de pesquisa ao redor do mundo.
A morte de Chen Ning Yang representa o fim de uma era, mas seu legado permanece vivo na física teórica, na educação científica e na busca incessante por compreender a natureza do universo em nível subatômico.