Você já se perguntou por que nunca encontramos vestígios das primeiras estrelas que brilharam no universo? Um novo estudo pode finalmente ter a resposta e ela surpreende até os astrônomos mais experientes.
De acordo com a pesquisa, as primeiras estrelas surgiram em um cenário extremamente violento, imersas em nuvens de gás com turbulência supersônica, cinco vezes mais rápidas que o som. Isso porque essas regiões estavam dentro de estruturas chamadas minihalos de matéria escura, capazes de atrair gás pela gravidade e gerar choques que moldaram o nascimento estelar.
Resumo rápido das descobertas:
- As primeiras estrelas eram menores do que se pensava, com cerca de 8 massas solares;
- Elas surgiram em grupos, formando redes estelares, e não isoladas;
- A turbulência supersônica fragmentava as nuvens de gás, limitando a formação de superestrelas gigantes;
- A falta de assinatura química em estrelas atuais sugere que colossais antigas eram raras;
- As simulações foram feitas com o código Gizmo e o projeto IllustrisTNG.
O que as simulações revelaram

As simulações recriaram as condições de 13,8 bilhões de anos atrás, mostrando que a turbulência fragmentava as nuvens de gás em vários aglomerados. Com isso, diminuía-se a chance de surgirem estrelas com mais de 100 massas solares, como previam modelos antigos. Por isso, não vemos nos astros atuais sinais químicos dessas supostas superestrelas primitivas.
“Com a presença de turbulência supersônica, a nuvem se fragmenta em vários aglomerados menores, levando à formação de várias estrelas menos massivas”, explicou o pesquisador Ke-Jung Chen. Vale destacar que essa descoberta redefine a imagem do amanhecer cósmico.
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Impacto para entender nossa galáxia
Além disso, o estudo reforça que as estrelas primordiais tiveram papel crucial na formação das primeiras galáxias, que mais tarde deram origem à Via Láctea. Cabe ressaltar que, com o Telescópio James Webb, será possível investigar e confirmar esses modelos.
Portanto, entender a formação dessas estrelas é também compreender nossas próprias origens. A equipe já estuda como campos magnéticos podem ter influenciado esse processo. Dessa maneira, cada simulação traz o universo primordial um passo mais perto de nós.
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