O Telescópio Espacial James Webb (JWST) acaba de lançar uma nova luz sobre os primeiros momentos do Universo. Pesquisadores identificaram três galáxias candidatas que podem ter se formado apenas 100 milhões de anos após o Big Bang, um feito que, se confirmado, representaria a maior descoberta da história da astronomia.
Além disso, essas observações ajudam a entender como o amanhecer cósmico se desenrolou. Vale destacar, que a pesquisa foi elaborada por cientistas de diversos países (como Suécia, Espanha e Alemanha) e foi publicada como preprint no Arxiv.
Observando o Universo primordial
- Foco em galáxias com altíssimos redshifts, indicadores de distância e idade;
- Galáxias observadas com redshifts entre 17 e 25, correspondendo a 350–100 milhões de anos após o Big Bang;
- Análise da luz ultravioleta (UV) para identificar a atividade de formação estelar;
- Observações ajudam a compreender como as primeiras estrelas começaram a brilhar;
- Dados coletados pelo James Webb representam os mais profundos já obtidos.
Os cientistas estão concentrados em galáxias com altíssimos redshifts, que indicam tanto a distância quanto a idade desses objetos. Eles miram em galáxias com redshifts entre 17 e 25, o que significa que estamos vendo essas galáxias como elas eram entre 350 e 100 milhões de anos após o Big Bang, respectivamente.
O foco principal é compreender a produção de luz ultravioleta (UV), porque ela indica a atividade de formação estelar. Dessa maneira, conseguimos inferir como as primeiras estrelas começaram a brilhar.
Candidatas a recordistas

Após uma seleção rigorosa, envolvendo a análise de “fontes dropout” e verificação com dois códigos de modelagem independentes, foram identificadas seis galáxias em redshift 17 e três em redshift 25. Cabe ressaltar que estas últimas são extremamente fracas, com magnitudes que desafiam os limites da detecção atual.
Se confirmadas, serão as galáxias mais antigas já observadas. Essas galáxias são compactas e leves, com massas médias de 10 milhões de sóis e idades de apenas 30 milhões de anos, indicando populações estelares muito jovens.
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Algumas apresentam cores tão azuis que podem revelar estrelas da População III, formadas quase exclusivamente por hidrogênio e hélio, sem elementos mais pesados. Isso porque essas primeiras estrelas moldaram a química do Universo primordial.
Próximos passos e validação
Os dados agora passarão por uma rechecagem cuidadosa, sendo assim, qualquer confirmação exigirá tempo e rigor científico. Portanto, a validação das galáxias em redshift 25 será crucial para confirmar se realmente estamos diante de recordes históricos. Com isso, novas fronteiras da cosmologia poderão ser exploradas.
Vale destacar que essas descobertas não apenas expandem nosso conhecimento sobre o Universo inicial, mas também fornecem pistas sobre como as primeiras galáxias surgiram e se organizaram. Desse jeito, o James Webb continua transformando a nossa compreensão do cosmos.
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