As histórias humanas mais antigas costumam permanecer nas sombras, mas às vezes a ciência consegue iluminá-las de forma surpreendente. É o caso das duas irmãs pré-históricas que viveram há mais de 6.000 anos em uma comunidade de mineração na atual República Tcheca. Graças a tecnologias modernas e análises minuciosas, agora podemos ver como elas provavelmente se pareciam e entender melhor como era a vida naquela época.
Um olhar direto para o passado
- Reconstruções 3D hiper-realistas mostram traços físicos e vestimentas;
- Restos mortais foram encontrados em uma mina de xisto na Morávia do Sul;
- Estudo indica infância difícil e vida adulta forte;
- Análises genéticas revelaram cores de olhos e cabelos;
- Vestimentas recriadas a partir de fibras vegetais do período Neolítico;
- Reconstruções feitas com gesso, silicone e próteses oculares.
As reconstruções, feitas com gesso, silicone, próteses oculares e implantes capilares, foram baseadas nos crânios extremamente bem preservados. Vale destacar que detalhes como cor dos olhos e cabelos foram determinados por análises genéticas: a mais velha provavelmente tinha olhos azuis e cabelos loiros, enquanto a mais jovem possuía olhos castanhos ou verdes e cabelos escuros.

Com isso, os modelos não apenas mostram rostos, mas também roupas confeccionadas com fibras vegetais como linho e urtiga, comuns no período Neolítico.
Sepultamento misterioso e enigmas arqueológicos
As irmãs foram enterradas uma sobre a outra em um poço de mineração. Cabe ressaltar que, junto a elas, arqueólogos encontraram os restos de um cachorrinho e de um recém-nascido que não tinha relação genética com nenhuma das duas.
Isso porque o motivo para esse arranjo ainda é desconhecido. Além disso, não havia sinais claros de violência, mas alguns pesquisadores levantam a hipótese de que pudessem ter sido sacrificadas quando não conseguiam mais trabalhar.
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Vida dura e exploração na Idade da Pedra

Análises mostraram que as irmãs tiveram uma infância de carências, sofrendo com má alimentação e doenças, mas se tornaram fortes na vida adulta. As ossadas apresentavam fraturas, vértebras danificadas e sinais de trabalho pesado.
Por isso, acredita-se que o sistema social da época explorava os mais vulneráveis, não necessariamente os mais fortes. Portanto, é possível que tenham sido forçadas a continuar trabalhando mesmo feridas.
Ciência e memória
Sendo assim, as reconstruções não são apenas imagens bonitas, são pontes para compreender a vida e as relações sociais em comunidades pré-históricas.
Dessa maneira, conseguimos perceber por que o estudo da arqueologia é fundamental: ele revela não só como vivíamos, mas também como lidávamos com o trabalho, a família e a morte. Desse jeito, a história dessas duas mulheres continua viva, mais de seis milênios depois.
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