O que antes parecia ficção científica está cada vez mais próximo da rotina de milhões de pessoas. O novo robô humanoide Neo, desenvolvido pela empresa 1X, foi projetado para executar tarefas reais dentro de casa e acaba de entrar em pré-venda nos Estados Unidos. Com design compacto, aprendizado contínuo e comunicação natural, ele inaugura uma fase em que a robótica deixa os laboratórios e passa a integrar o cotidiano doméstico.
Mais do que um robô que segue comandos, o Neo utiliza inteligência artificial para interpretar ambientes, agir de forma autônoma e melhorar suas habilidades ao longo do tempo. Para muitas famílias, isso pode significar não apenas conveniência, mas uma transformação profunda na gestão do lar e na divisão de tarefas.
Principais funções anunciadas para o Neo
- Organizar ambientes e executar tarefas domésticas rotineiras;
- Atender pedidos por voz, localizar e trazer objetos;
- Manter autonomia energética e se recarregar sozinho;
- Aprender com atualizações de software e supervisão humana remota.
Engenharia discreta, movimentos suaves e foco no dia a dia
Com 1,67 metro de altura e apenas 30 quilos, o Neo foi concebido para ser discreto e seguro. Seu corpo é feito de polímeros flexíveis impressos em 3D, o que o torna leve e resistente a impactos domésticos. Além disso, o robô opera com ruído mínimo, cerca de 22 decibéis, menos que uma geladeira comum, proporcionando integração natural ao ambiente familiar.

A tecnologia interna inclui câmeras de alta definição, múltiplos microfones e motores precisos baseados no sistema Tendon Drive, desenvolvido internamente para simular articulações humanas. Esse conjunto permite que o robô manipule objetos pequenos, caminhe por escadas e realize movimentos delicados como dobrar roupas ou servir uma bebida.
Diversos trabalhos publicados em periódicos como Robotics and Autonomous Systems e Frontiers in Neurorobotics apontam que plataformas robóticas com aprendizado híbrido, autônomo e supervisionado, tendem a evoluir rapidamente em eficiência e versatilidade, reforçando o potencial dessa tecnologia no uso doméstico.
Privacidade, autonomia e o debate ético no lar conectado
Embora sua capacidade de aprendizado prometa evolução constante, o Neo ainda depende do chamado modo supervisionado, em que operadores humanos podem assumir o controle remoto para orientá-lo em situações específicas. Ao mesmo tempo, essa conectividade traz questões importantes relacionadas à privacidade, proteção de dados e limites de monitoramento.
Segundo a fabricante, o robô respeita zonas restritas definidas pelo usuário e desfoca automaticamente pessoas captadas por suas câmeras. Mesmo assim, especialistas em ética tecnológica ressaltam que a convivência com máquinas que coletam informações do ambiente exige regulamentação clara e transparência contínua.

