Asteroide passará tão perto da Terra que poderá ser visto a olho nu

NASA confirma: Apophis cruzará o céu em 2029 sem risco para a Terra (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)
NASA confirma: Apophis cruzará o céu em 2029 sem risco para a Terra (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

Prepare-se para um dos eventos astronômicos mais aguardados da década. O asteroide 99942 Apophis, com cerca de 340 metros de diâmetro, fará uma passagem histórica pela Terra em 13 de abril de 2029, a apenas 32 mil quilômetros de distância, menos do que a órbita de muitos satélites artificiais. Apesar da proximidade, a NASA garante que não há risco de colisão, tornando o fenômeno uma oportunidade rara de observação e pesquisa.

A aproximação será tão impressionante que o corpo celeste poderá ser visto a olho nu em várias regiões do Hemisfério Oriental. Para os amantes da astronomia, o momento promete ser um verdadeiro espetáculo celeste.

Confira os principais destaques sobre a passagem de Apophis:

  • Data: 13 de abril de 2029
  • Distância da Terra: 32 mil km
  • Diâmetro aproximado: 340 metros
  • Visibilidade: a olho nu no Hemisfério Oriental
  • Risco de impacto: inexistente pelos próximos 100 anos

Um visitante familiar e cada vez mais compreendido

Asteroide Apophis passará tão perto que será visível a olho nu (Imagem: Photo Library/ Canva Pro)
Asteroide Apophis passará tão perto que será visível a olho nu (Imagem: Photo Library/ Canva Pro)

O Apophis não é um desconhecido para a ciência. Desde observações por radar em 2021, astrônomos vêm refinando seus cálculos sobre a trajetória e composição do asteroide. Esses dados afastaram antigas preocupações sobre uma possível colisão futura. Além disso, novas simulações orbitais descartam qualquer impacto significativo até pelo menos o ano de 2129.

O que a NASA pretende estudar?

A passagem de 2029 será também um laboratório natural no espaço. A NASA planeja usar o evento para testar instrumentos e sondas capazes de analisar a superfície do asteroide, de forma semelhante às missões que exploraram Bennu e Ryugu. Essa observação direta permitirá entender melhor como corpos rochosos interagem com a gravidade terrestre, além de fornecer pistas sobre a origem e evolução do Sistema Solar.

Mesmo sem perigo, o Apophis lembra o quão dinâmica e frágil é a vizinhança cósmica da Terra. O evento promete unir curiosos e cientistas em um mesmo olhar para o céu: o de admiração diante da imensa coreografia do universo.

Leandro Sinis é biólogo, formado pela UFRJ, e atua como divulgador científico. Apaixonado por ciência e educação, busca tornar o conhecimento acessível de forma clara e responsável.