O planeta enfrenta mudanças climáticas aceleradas, que ultrapassam as variações naturais registradas ao longo da história. Fenômenos como tempestades intensas, secas prolongadas e chuvas fora do padrão têm se tornado cada vez mais frequentes, afetando ecossistemas, produção de alimentos e saúde pública. A COP30, Conferência das Partes da ONU sobre mudanças climáticas, ocorre em Belém de 10 a 21 de novembro, reunindo líderes mundiais para discutir redução de gases de efeito estufa e estratégias de adaptação frente a eventos climáticos extremos.
Principais focos da COP30:
- Redução das emissões de gases de efeito estufa;
- Proteção e conservação de ecossistemas essenciais;
- Fortalecimento da resiliência de comunidades vulneráveis;
- Desenvolvimento de políticas para adaptação urbana e agrícola;
- Promoção de transição para energias limpas e sustentáveis.
Mudanças climáticas: causas e diferenças históricas
Atualmente, as mudanças climáticas diferem das variações naturais de eras geológicas, como as eras glaciais, pois são impulsionadas principalmente por atividades humanas, especialmente a queima de combustíveis fósseis.

Esse processo intensifica o efeito estufa, que mantém a Terra aquecida, mas em excesso altera o equilíbrio climático. Como consequência, padrões de chuva se modificam, ondas de calor se tornam mais intensas e tempestades ocorrem com maior frequência e força, acelerando o aquecimento global.
Intensificação de fenômenos extremos
Estudos internacionais apontam que, desde a década de 1970, o aumento das emissões e da temperatura média global está diretamente ligado à elevação da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos. No Brasil, desastres climáticos quase triplicaram entre 1990 e 2023, impactando abastecimento de água, produção de alimentos e saúde das populações.
Interação entre fenômenos naturais e ação humana
Fenômenos como El Niño e La Niña são naturais, mas o aquecimento global amplifica seus efeitos, tornando secas e enchentes mais severas. A combinação de fatores naturais com ações humanas, como desmatamento e uso intensivo de recursos, gera clima mais irregular e imprevisível, exigindo novas estratégias de planejamento urbano, agrícola e hídrico.
Previsão, adaptação e limites tecnológicos
A antecipação de eventos climáticos extremos depende de supercomputadores, modelos climáticos avançados e coleta de dados precisa. Apesar da complexidade, é possível reduzir impactos por meio de ações coordenadas entre governos, setor privado e sociedade civil, além da transição para energias renováveis, promovendo adaptação e mitigação eficazes.
O debate da COP30 evidencia que enfrentar as mudanças climáticas é urgente, exigindo medidas globais, tecnologias avançadas e compromisso contínuo para proteger o planeta e suas comunidades.

