A possibilidade de um grande terremoto na Califórnia sempre chamou atenção, mas novas descobertas indicam que o risco pode ser ainda maior. Pesquisadores encontraram evidências de que a falha de San Andreas está ‘sincronizada’ com a zona de subducção de Cascadia, localizada na costa noroeste dos Estados Unidos. Essa sincronização sugere que um evento sísmico em uma região pode desencadear outro na outra, aumentando o potencial para megaterremotos devastadores.
Análises detalhadas de sedimentos geológicos revelaram características semelhantes nas duas regiões, indicando que a tensão acumulada em uma falha pode afetar diretamente a outra.
Principais descobertas do estudo publicado na Geosphere:
- San Andreas e Cascadia apresentam movimentos interdependentes;
- Acúmulo de tensão pode gerar megaempuxos em ambos os locais;
- Eventos sísmicos podem ocorrer com uma década ou mais de intervalo, mas ainda representam risco significativo.
Como funciona a interação entre falhas

As falhas estão em constante movimento, mas ficam temporariamente travadas nos pontos de contato. Ao longo do tempo, a pressão acumulada aumenta até atingir um ponto crítico, provocando um terremoto de grande magnitude.
Essa interação não significa necessariamente que os eventos acontecerão simultaneamente, mas mesmo com intervalos de anos ou décadas, a ocorrência de dois megaterremotos próximos geograficamente poderia ter consequências catastróficas.
Impactos e preparação
Embora o momento exato de um megaterremoto seja incerto, o estudo reforça a necessidade de:
- Monitoramento contínuo das falhas geológicas;
- Planos de emergência e educação sobre riscos sísmicos;
- Infraestrutura resiliente, capaz de suportar tremores de alta magnitude.
O trabalho enfatiza que a ciência geológica não apenas mapeia riscos, mas também informa políticas de prevenção e estratégias de mitigação, permitindo que comunidades em regiões sísmicas se preparem para eventos extremos.
A descoberta de que San Andreas e Cascadia estão sincronizadas acrescenta uma nova dimensão à avaliação de risco sísmico, destacando a importância de pesquisas contínuas para proteger vidas e reduzir danos futuros.